Roupas, acessórios, cores: consultora de moda e dermatologista dão dicas de como se proteger no ‘B-R-O Bró’


O B-R-O Bró é uma expressão piauiense que denomina os meses com terminação “bro” (setembro, outubro, novembro e dezembro), conhecidos como os mais quentes do ano. Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França, em Teresina
Lucas Marreiros/G1
Os quatro últimos meses do ano, os mais quentes e com a umidade mais baixa, são conhecidos como B-R-O Bró no Piauí. Neste período, especialistas alertam para os cuidados com a exposição ao sol para evitar o câncer de pele. O g1, com a ajuda de uma consultora de moda e um dermatologista, reuniu dicas de como proteger o corpo dos raios UV (ultravioletas).
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o câncer mais frequente no Brasil. Cerca de 175 mil novos casos são diagnosticados por ano no país.
Anna Karla Félix, consultora de moda, deu dicas de tecidos, suas cores e caimentos de algumas roupas para amenizar o calor.
Já o dermatologista Yuri Chaves, afirma que mesmo as pessoas que trabalham em ambientes fechados precisam se proteger com uso de protetor solar. Pois as telas de computadores, celulares e tablets emitem raios ultravioletas B, radiação, luz azul, com efeito nocivo à pele.
Cuidado redobrado
De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), a situação de seca que atinge o país é a mais grave da história recente. Enquanto isso, um relatório publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA) apontou que, entre junho e julho, 66% do território piauiense era atingido pela escassez de chuvas.
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Por isso, a importância do cuidado com a saúde no período mais quente do ano. Conforme o dermatologista Yuri Chaves, o corpo humano é capaz de regular sua temperatura, mas quando a temperatura externa ultrapassa esse limite de regulação, podemos passar por problemas sérios com o organismo.
“O clima é considerado excessivamente quente para o corpo humano quando a combinação de temperatura e umidade atinge níveis que tornam difícil a regulação da temperatura interna por meio da transpiração. O principal malefício é a desidratação decorrente do calor intenso. Outro problema associado é a exposição ao sol, que também pode levar a queimaduras de pele”, frisou o médico.
Ainda conforme o dermatologista, essa situação pode desencadear problemas mais sérios e servir de gatilho para doenças crônicas. A exposição frequente ao sol, desidratação persistente e insolação podem levar a problemas renais e até câncer de pele. O calor intenso pode ser também gatilho para crises de doenças já preexistentes, como enxaqueca e tonturas.
Dicas:
Uso do protetor solar diariamente: deve ser aplicado até 15 minutos antes da exposição solar. Mantém proteção em média durante duas a três horas. Caso nade ou sue excessivamente, o ideal é reaplicar novamente o protetor solar;
Evite horários de sol intenso: busque a sombra entre 10h e 16h, quando os raios solares são mais intensos;
Utilize acessórios de proteção: chapéus, óculos de sol e roupas leves, porém protetoras (com tecidos de proteção UV), ajudam a resguardar a pele contra os efeitos nocivos do sol;
Beber bastante líquido e use creme hidratante: se hidratar bastante e hidratar também a pele com cremes;
Roupas leves: roupas de tecidos que consigam absorver a umidade provocada pelo suor,
Evitar tecidos sintéticos: eles deixam a umidade do suor retida e em contato com a pele. Isso pode criar ambiente favorável para o crescimento de microorganismos, como fungos e micoses. Principalmente entre os dedos dos pés, na virilha, embaixo dos seios e axilas;
Para os trabalhadores expostos ao sol: a orientação é usar roupas leves, com proteção UV, de manga comprida, gola alta, chapéu e uso de protetor solar continuo.
Prevenção e moda
A consultora Anna Karla afirma que a dica boa é dar preferência para cores claras. As cores escuras são as que têm maior capacidade de absorção de energia, logo quanto mais próxima a roupa estiver da cor preta, mais calor você sentirá.
“Além disso, os tecidos precisam ser levados em consideração. Do linho à laise, todos irão proporcionar respirabilidade e leveza as produções”, explica.
Confira a lista de tecidos recomendados pela consultora que ajudam a amenizar os efeitos do calor durante o dia a dia:
Linho
Linho
Luca Laurence/Unsplash
O linho é um tecido natural feito a partir das fibras da planta de linho e é um dos melhores tecidos para temperaturas mais altas. Suas principais características são sua durabilidade, maciez, resistência e frescor.
“Ele é atemporal, muito elegante e ele é um tecido caro. Então, uma sacada boa do mercado foi ter misturado o linho com a viscose, que é o que eles chamam de viscolinho. Isso evita que a peça fique muito amassada e, ao mesmo tempo, é uma forma de tornar o linho mais acessível. Porque o viscolinho, como tem essa mistura, é bem mais barato do que o linho puro”, explica Anna Karla.
Algodão
Algodão
freepik
O algodão é uma escolha popular para climas quentes. Ele permite que a pele transpire, evitando o acúmulo de suor. Além disso, é um tecido 100% natural e comum na composição de diversas peças, sendo macio, durável e se adaptando bem a qualquer clima, principalmente aos mais quentes e úmidos.
“Um dos mais utilizados, pois mais barato que o linho e diferente do linho que tem essa cara mais sofisticada, o algodão ele é mais casual, ele é mais informal, então para camisetas, para shorts, vestidos”, afirma a consultora.
Viscose
Viscose
Divulgação/DISE Americana
O tecido em viscose é composto por fibras artificiais à base de celulose, sendo mais leve, macia e bem fresca, além de absorver bem a umidade e o suor e possuir boa elasticidade. Esse tipo de tecido é muito usado épocas mais quentes em várias regiões do Brasil.
“Ela é mais barata do que o algodão e do que o linho, mas, ao mesmo tempo, é um tecido que rende looks assim, bem, bem leves, bem fluidos, porque ele é mais molinho, então é legal para vestido, blusas mais leves, com mais fluidez, além de ser confortável”, explica a consultora.
Leise
Tecido Laise, Layse, Broderi ou Laise Bordado
Reprodução
Leise é um tecido composto de poliéster, que além de ter todas as características de um tecido com essa composição, como ser macio, suave ao toque, resistente e transmitir frescor, a lese é trabalhada com desenhos lindos, por toda a sua superfície, com alguns furinhos. Ele também pode ser composto de algodão e possui diversos nomes, como Laise, Layse, Broderi ou Laise Bordado.
“Ele tem uma trama cheia de furinhos e, às vezes, até algum bordado. Por conta desses furinhos também, ajuda nessa questão da leveza, da respiração da pele. Por isso também ele é um pouco mais caro. É bem elegante. Como ele é mais durinho, mais estruturado, é muito comum em camisa também”, afirma.
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