Um relógio registra os batimentos cardíacos e outros sinais vitais. Os dados são enviados para o hospital em tempo real. Se algo sai do normal, a IA envia um alerta imediato. Relógio inteligente para cardíacos tem revolucionado atendimentos no Incor
Em Carapicuíba, na Grande São Paulo, a recepcionista Roseli Rodrigues Silva, de 54 anos, passou por duas cirurgias de troca de válvulas no Instituto do Coração (Incor). Na última alta, ela recebeu um relógio que registra os batimentos cardíacos e outros sinais vitais. Os dados são enviados para o hospital em tempo real.
“Eu não imaginava que existia um relógio que podia salvar minha vida. Estava com 39 anos, mas meu coração batia como o de uma mulher de 90”, diz Roseli.
Os enfermeiros monitoram os dados pelos dispositivos que estão com os pacientes. Se algo sai do normal, a IA envia um alerta imediato.
“Percebemos que a frequência cardíaca da dona Roseli estava abaixo do esperado”, explica o enfermeiro Matheus Moitinho. “Isso permitiu que ela fosse chamada de volta ao hospital para implantar um marca-passo, o que foi decisivo para o caso dela.”
A inteligência artificial já monitorou cerca de 400 pacientes cardíacos no pós-operatório do Incor.
“A IA analisa em tempo real o traçado do coração e faz, através desse algoritmo, uma predição: será que esse paciente está podendo entrar em uma situação de arritmia?”, destaca Guilherme Rabelo, chefe de Inovação do instituto.
A tecnologia também ajuda a reduzir o tempo de internação.
“Reduzimos pela metade o tempo de internação. Assim, podemos atender o dobro de pacientes, e o potencial disso é enorme”, afirma Fabio Janete, coordenador do projeto.
Relógio inteligente para cardíacos
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa abaixo:
Edição de 22/11/2024
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