Belém já se prepara para receber COP30 em 2025


Máquinas e tapumes mudaram a paisagem na área central da cidade. Obras buscam melhorar a mobilidade e a infraestrutura urbana, com a abertura de novas avenidas, reforma das que já existem e construção de novos viadutos. Capital do Pará está em obras para receber COP30 em 2025
Imagem: Reprodução/TV Globo
No norte do Brasil, uma cidade está se preparando para receber o evento global do clima no ano que vem.
Belém é uma das cidades mais importantes da Amazônia, reconhecida pela gastronomia, cultura e vocação para o ecoturismo.
“A Amazônia em si não é o tema da COP, o tema da COP são as mudanças climáticas, mas a Amazônia está diretamente envolvida nas discussões sobre mudanças climáticas”, diz Olga Freitas, professora da UFPA.
Máquinas e tapumes mudaram a paisagem na área central da cidade. Obras buscam melhorar a mobilidade e a infraestrutura urbana, com a abertura de novas avenidas, reforma das que já existem e construção de novos viadutos.
A estrutura de um antigo aeroporto virou um parque. A área de 500 mil metros quadrados vai concentrar grande parte das discussões sobre o clima, no ano que vem.
Um dos maiores desafios para receber a COP 30 é ampliar a capacidade de hospedagem. Um terminal internacional de cruzeiros é uma das soluções para transformar navios em hotéis flutuantes. Para isso, serão feitas obras de dragagem na Baía de Guajará para permitir a chegada desses navios durante o evento.
Além disso, novos hotéis estão sendo construídos. Alojamentos exclusivos para líderes e comitivas dos chefes de Estado também estão sendo preparados a poucos metros do centro de debates.
“Nós queremos deixar a mensagem clara de que chegou o momento de trazer as pessoas para vir discutir meio ambiente na Amazônia, o maior símbolo de patrimônio ambiental que o mundo enxerga e que está no nosso país”, diz o governador do Pará Helder Barbalho (MDB).
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Com investimentos que ultrapassam R$ 4 bilhões, Belém também resgata patrimônios históricos. Um mercado centenário, antes deteriorado, vai abrigar negócios culturais e gastronômicos. Agora, com 30% da energia gerada por painéis solares.
Entre os povos indígenas, a expectativa é de ocupar o centro das discussões sobre o futuro climático do planeta.
“Trazer esses grandes líderes mundiais, né? De um evento dessa importância ,realizado pela ONU aqui no Pará, em especial em Belém, é muito importante para eles conhecerem a realidade. E para eles conhecerem, eles têm que conversar conosco”, diz Ronaldo Amanayé, da Federação dos Povos Indígenas do Pará.
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