Ana Luísa Sella tem câncer de mama e realizou a última sessão da primeira fase do tratamento em 31 de outubro. A música ‘Dancing Queen’ foi escolhida pela equipe de enfermagem por ser a favorita da paciente. Equipe médica comemora última sessão de quimioterapia de paciente com câncer
Uma paciente com câncer de mama se emocionou ao chegar para a última sessão de quimioterapia e ser recebida com festa pela equipe de uma clínica oncológica de Londrina, no norte do Paraná.
O momento foi registrado pelos profissionais da saúde em 31 de outubro e o vídeo repercutiu nas redes sociais. Assista acima.
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A música “Dancing Queen”, cantada e dançada pelas enfermeiras, fala sobre uma garota que vive “o melhor momento de sua vida” e se diverte como “a rainha da dança”.
As enfermeiras relataram à RPC que essa é a música preferida de Ana Luísa Sella, paciente que aparece nas imagens. As profissionais da saúde também contaram que ela gosta de baladas e camarotes, o que motivou a criação de uma lista VIP, pulseiras e decoração colorida da festa.
Enfermeira registra preparação de festa para receber paciente com câncer em última sessão
Ana Luísa é médica reumatologista e afirmou que, apesar dos desafios da doença, ela teve o privilégio de ser acolhida carinho pela equipe do hospital.
“Eu pude finalizar o processo de quimioterapia celebrando. Num dia de muita alegria, de muita felicidade, de muita energia boa. Como médica, isso me toca muito e é a medicina que a gente quer que seja feita. É o que a gente quer de humanização para os pacientes e para a gente também”, agradeceu.
A paciente ainda disse que foi um momento emocionante, e desejou que outros pacientes possam ter o mesmo acolhimento durante o tratamento.
No próprio perfil das redes sociais, Ana Luísa destacou que “oncologia não é sinônimo de morte” e que ainda irá passar por cirurgia e radioterapia para concluir o tratamento.
“Falar de câncer não é falar de morte, é falar de vida. Tem vida vida aqui também, muita vida. Que a gente consiga comemorar cada etapa vencida”, reiterou.
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Etapas de tratamento
Paciente com câncer é recebida com comemoração em último dia de quimioterapia
Unimed Londrina
Atualmente, a equipe da Unimed de Londrina disse ao g1 que atende cerca de 350 pacientes oncológicos, mais de 40% deles com câncer de mama, como o de Ana Luísa.
A clínica também informou que um paciente com a doença pode passar por diversos tratamentos, a depender do tipo e estágio do câncer. Os principais métodos utilizados são:
Cirurgia: remoção do tumor ou de parte do tecido afetado. É uma opção quando o câncer está em uma área específica e pode ser retirado sem prejudicar muito os órgãos ao redor.
Quimioterapia: uso de medicamentos para matar as células cancerígenas ou impedir que elas cresçam e se multipliquem. Pode ser administrada via oral, intravenosa ou, em alguns casos, diretamente na área afetada.
Radioterapia: radiação para destruir células cancerígenas ou reduzir o tamanho dos tumores. Pode ser externa, direcionada no tumor, ou interna, com materiais radioativos colocados perto do tumor.
Imunoterapia: estimula o sistema imunológico a combater as células cancerígenas. Em vez de agir diretamente sobre o tumor, ela ajuda o corpo a reconhecer e atacar as células cancerosas.
Terapias alvo: uso de medicamentos para atacar células cancerígenas com mais precisão, sem afetar tanto as células saudáveis. O tratamento visa características específicas das células cancerígenas, como proteínas ou genes que as ajudam a crescer.
Hormonioterapia: utilizada em cânceres que dependem de hormônios para crescer, como o câncer de mama e de próstata. A terapia visa bloquear a ação dos hormônios ou reduzir a quantidade deles no corpo.
Transplante de medula óssea: quando o câncer afeta a medula óssea (como no caso de leucemias), pode ser feito um transplante de células-tronco para substituir a medula óssea doente. Pode ajudar a restaurar a produção de células sanguíneas saudáveis.
Segundo a coordenadora de enfermagem da unidade, Carime Mariano Reis, a ordem das fases pode ser alterada de acordo com o quadro clínico do paciente.
A profissional afirmou que cada etapa superada é comemorada pela equipe, pois trata-se de um tratamento difícil e com efeitos colaterais para o paciente.
“Cada etapa que o paciente conclui, a gente vibra com o paciente. Porque são etapas difíceis, etapas que trazem efeitos colaterais para os pacientes, onde a família acaba adoecendo junto. Então, é motivo de sobra para que a gente possa comemorar com esse paciente”, disse.
Uma das enfermeiras que organizou a festa para Ana Luísa foi Laryssa Mondek. Ela afirma que a equipe sempre busca registrar os momentos de comemoração a pedido dos próprios pacientes.
“Eles almejam muito esse momento da última quimio. A gente registra tudo para transmitir alegria e, através daquele vídeo, mostrar que há esperança”, conclui.
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