STF dá prazo para que PM de São Paulo explique funcionamento de câmaras corporais


Barroso pede que o estado explique, por exemplo, quando as câmaras terão o software para gravar automaticamente no local das ocorrências ou em caso de disparo de tiro. Barroso pede a SP que explique o funcionamento das novas câmeras para a PM
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deu cinco dias para o governo de São Paulo como a Polícia Militar vai usar as novas câmaras corporais, que comprou.
O STF está acompanhando a licitação a pedido da Defensoria Pública.
Barroso pede que o estado explique, por exemplo, quando as câmaras terão o software que acione gravações automaticamente ao som de um tiro.
Caso estudante de medicina
Em uma abordagem policial, na quarta-feira (20), um estudante de medicina de 22 anos acabou morto. As câmaras dos policiais estavam ligadas e as imagens vão ser usadas para a análise do caso.
Os PMs disseram que abordaram Marco Aurélio Cárdenas Acosta na rua, que ele estava bastante alterado e agressivo, que deu um tapa no retrovisor do carro policial e correu para um hotel. A câmera de segurança mostra que o rapaz tentou segurar o braço do policial que empunhava uma arma e derrubou o outro PM. Na sequência, o agente armado atirou no abdômen de Marco Aurélio.
Uma jovem que esteve com o estudante Marco Aurélio em um quarto do hotel disse à polícia que ele a agrediu fisicamente e que, provavelmente, a recepcionista chamou os PMs.
A Secretaria de Segurança Pública afastou os dois agentes e indiciou o autor do disparo por homicídio doloso — quando há intenção de matar.
O ouvidor da PM condenou a ação dos policiais e afirmou que ela desrespeitou o princípio do uso gradativo da força.
Estudante de medicina é morto com tiro à queima-roupa por PM de São Paulo
Imagem: Reprodução/TV Globo
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