Em meio à recuperação de complicações causadas por trombose, o nome da prefeita de Trombudo Central passou a ser utilizados por golpistas por meio de um número de telefone. Geovana Gessner, de 39 anos, teve a a perna esquerda amputada no mês de setembro e ainda segue com acompanhamento médico em um quarto no Hospital Regional Alto Vale.
Por meio de uma nota, a Prefeitura Municipal atualizou o estado de saúde de Gessner e aproveitou para alertar a população que a prefeita não trocou de número de telefone.
“Pessoas estão utilizando sua imagem indevidamente em aplicativos de mensagens para solicitar dinheiro. Essas mensagens são fraudulentas, e pedimos que a população desconsidere qualquer pedido desse tipo”, informou.
Prefeita de Trombudo Central apresenta melhoras
A prefeita de Trombudo Central foi internada no dia 20 de setembro, após apresentar complicações nas pernas e braços, passando por alguns procedimentos cirúrgicos.
No dia 23 do mesmo mês, ela foi submetida à uma cirurgia e precisou ter a perna esquerda amputada.
Segundo informações da assessoria do município, Geovana Gessner apresenta melhoras significativas em seu quadro clínico. Ela já saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e está em um quarto no Hospital Regional Alto Vale, onde segue com o acompanhamento médico. Apesar do progresso, ainda não há previsão de alta hospitalar.
O que é trombose, que amputou perna de prefeita de Trombudo Central
Trombose é o nome dado a uma formação de coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esses acúmulos podem causar a interrupção do fluxo de sangue, provocando dor e até inchaço na área afetada.
De acordo com o Ministério da Saúde, o problema pode ser ainda maior se um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, o que pode causar uma embolia. A obstrução de uma artéria pode ficar presa no cérebro, pulmões, coração ou em outra área, levando a lesões graves.
A trombose pode ser classificada de duas formas. A aguda é a menos grave, em geral, pode ter os coágulos desfeitos pelo próprio corpo sem causar consequências ou evoluir para casos mais graves.
Já a forma crônica se desenvolve a partir dos resquícios que se formam nas veias quando os coágulos naturais se desmancham, o que provoca danos nas válvulas internas.
Trombose é mais comum em mulheres?
A trombose é conhecida por geralmente afetar mais as mulheres. Entretanto, homens também podem ter o problema.
Dados do Ministério da Saúde, da faixa entre 20 a 40 anos, indicam que a incidência é maior nas mulheres em virtude de alguns fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações.
Dados de janeiro de 2022 a agosto de 2023, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, mostram que mulheres representam 62,02% dos casos de atendimentos com internações por TVP (Trombose Venosa Profunda) em Santa Catarina, com média de 3,17 atendimentos por dia.
O levantamento da SES registrou, ao todo, 1.904 atendimentos na rede de saúde no período, sendo 1.181 mulheres e 723 homens.
Causas da trombose
O desenvolvimento da trombose ocorre de forma multifatorial e pode, inclusive, surgir a partir de hábitos do dia a dia.
- Tratamentos hormonais, incluindo uso de anticoncepcionais;
- Longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentado);
- Tabagismo;
- Predisposição a varizes;
- Gravidez;
- Hereditariedade;
- Pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca;
- Presença de tumores malignos;
- Pacientes com histórico de trombose venosa ou que possuem distúrbios de hipercoagulabilidade (hereditária ou adquirida).
Sintomas
Na maioria dos casos, a trombose venosa profunda não apresenta sintomas, mas podem haver:
- Dor;
- Vermelhidão;
- Sensação de calor na região afetada;
- Rigidez na musculatura da área em que o trombo se desenvolveu.
Diagnóstico
Ao apresentar algum sintoma, o médico solicita exames para conseguir obter o diagnóstico.
- Ultrassonografia;
- Exame de sangue;
- Venografia;
- Eco Color Doppler (Ultrassom Vascular);
- Tomografia e ressonância magnética.
Prevenção e tratamento
A prevenção da trombose inclui a mudança de hábitos, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e a diminuição do consumo de cigarros e bebidas alcoólicas.
Já o tratamento pode variar de acordo com o quadro de cada paciente e pode ser feito com o uso de medicamentos, para evitar a formação de novos coágulos e desfazer os trombos existentes. Além disso, o uso de meias de compressão podem ajudar a evitar a má-circulação.