O supertufão Man-yi atingiu as Filipinas neste domingo (17), obrigando mais de 1,2 milhão de pessoas a deixarem suas casas e fugirem para abrigos enquanto o serviço meteorológico nacional alertava sobre um impacto “fatal” da tempestade.
O Man-yi acontece após uma sequência incomum de seis tempestades violentas no último mês que devastaram o país e deixaram 163 mortos. Ainda não há relatos de mortes, mas as autoridades relatam danos “extensos” às estruturas na ilha pouco povoada de Catanduanes.
Segundo meteorologistas locais, a expectativa é que Man-yi continue sendo um supertufão ao atingir Luzon, a ilha mais populosa e motor econômico do país. Dessa forma, há o alerta para uma situação “potencialmente perigosa” na província de Aurora.
De acordo com o serviço meteorológico, a previsão é de chuvas torrenciais, com mais de 200 mm nas próximas 24h, acompanhadas de deslizamentos de terra e cortes na energia elétrica.
Passagem de supertufão
O meteorologista emitiu seu segundo sinal mais alto de tufão sobre diversas províncias, desde a costa leste de Luzon, onde Man-yi deve chegar, até o lado oeste da ilha, onde ele sairá.
Cerca de 2 mil pessoas se refugiavam em abrigos de evacuação de emergência no município de Dipaculao, na província de Aurora. Outros ficaram em casa, pois estavam céticos em relação ao potencial do supertufão, disse Geofry Parrocha, oficial de comunicações da agência de desastres Dipaculao.
“Alguns dos nossos compatriotas são realmente cabeças-duras. Eles não acreditam em nós até o tufão chegar”, disse Parrocha à AFP.
Em sua trajetória atual, Man-yi cruzará o norte de Manila e passará pelo Mar da China Meridional na segunda-feira (18). Ele atingiu as Filipinas no final da temporada de tufões — a maioria dos ciclones se desenvolve entre julho e outubro.