Banda sorocabana exibe documentário biográfico em festival de cinema em Lisboa: ‘Cumprimos nossa missão’


Longa-documentário ‘Hai Kai: Rock e Poesia’ aborda temas como sucesso e fracasso, expectativa e realidade, além das escolhas que marcaram a trajetória do grupo, que estourou nos anos 2000. Longa-documentário ‘Hai Kai: Rock e Poesia’ foi selecionado para participar do X Festival Internacional O Cubo de Cinema em Língua Portuguesa
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Com mais de 20 anos de carreira e uma coleção de sucessos, a banda Hai Kai atingiu mais um marco internacional: a exibição de um documentário sobre a história do grupo, formado em Sorocaba (SP), no X Festival Internacional O Cubo de Cinema em Língua Portuguesa, em Lisboa, Portugal.
“Hai Kai: Rock e Poesia” conta a história da vocalista Tetê Braga, a baterista Cacau Braga e a baixista Renata Braga, irmãs que conheceram na adolescência o guitarrista Lucas Lessi. Juntos, os quatro formaram a banda.
Graças ao apoio dos pais, o grupo teve o ambiente certo para explorar esse interesse em comum. Então, em 2001 formou a Hai Kai. Daí em diante, houve muitos altos e baixos, desde as primeiras aparições nas redes sociais até o ápice da carreira, com shows pelo Brasil e exterior.
‘Hai Kai: Rock e Poesia’ explora temas como a paixão pela arte, amizade, superação de obstáculos e a busca pela realização pessoal
Mariana Beda
O X Festival Internacional O Cubo de Cinema em Língua Portuguesa é realizado presencialmente em Lisboa, na Fábrica Braço de Prata, desde quinta-feira (14) até este domingo (17), dia em que o longa-documentário “Hai Kai: Rock e Poesia” será exibido.
No site, a transmissão ficará disponível por um mês, até o dia 14 de dezembro.
Também neste domingo, um júri votará para selecionar os filmes que serão premiados em diferentes categorias. Apesar da expectativa com a possibilidade de ganhar um prêmio, o grupo relata estar bastante satisfeito e feliz com a exibição e expansão de lançamento internacional.
“Nesse momento, eu estou em Lisboa, que tem um enorme circuito de festivais de cinema, isso é muito rico aqui. Nos inscrevemos para O Cubo, houve uma seleção e o nosso filme foi escolhido para exibição. Ficamos super contentes, pois era o nosso desejo mostrar a nossa história para o máximo de pessoas”, conta Tetê Braga.
Projeto de mais de uma década
A princípio, a ideia era desenvolver um curta-metragem sobre a turnê que a banda fez em 2012 no Canadá. A viagem foi financiada pelo Ministério da Cultura no edital “Intercâmbio de Fusão Cultural”, mas, na época em que as imagens foram captadas, o grupo não teve recursos para finalizar a produção.
Eles então guardaram todo o material, que posteriormente foi juntado às outras mídias do acervo da Hai Kai, se tornando a base para o longa.
Em 2021, a versão inicial do documentário foi ganhadora do Programa de Ação Cultural de São Paulo, o que possibilitou que a banda tivesse recursos para complementar o filme. Com a parceria entre o coletivo A Firma e a Gávea Cultural, que foram os responsáveis pela produção, coube ao Giuliano Rossi, diretor e roteirista sorocabano, escolher qual narrativa seria seguida.
“Quando decidimos fazer o filme, o diretor mudou o enfoque, então logo decidimos que não teria mais como ser um curta. Era muito material e muita história”, relata Cacau Braga.
Hai Kai na Universidade do Algarve
Além do Festival O Cubo, o interior paulista também está sendo representado em Faro, em Portugal. Isso porque João Paulo Reis e Vinicius Sgori, pesquisadores e membros do coletivo A Firma, levaram seus conhecimentos sobre os processos criativos trabalhados na produção deste longa-documentário para a comunidade acadêmica, apresentando um artigo na Conferência Internacional Processos de Criação do Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve (Ciac).
“Já tínhamos a intenção de exibições internacionais, por isso, além do doc possuir tradução para português nas partes que o áudio está em inglês, também inserimos legendas em inglês para quando o áudio estiver na nossa língua. Então está sendo incrível efetivamente ocupar esses espaços”, explica Renata Braga.
Os integrantes da Hai Kai relataram uma montanha-russa de emoções, desde a sensação de nostalgia que tomou conta na estreia do longa em Sorocaba até o atual momento de reconhecimento ao passar no primeiro festival internacional.
“Finalmente o sentimento de que a banda cumpriu a sua missão, impactando mais pessoas positivamente”, concluem.
Longa-documentário da Banda Hai Kai fala da importância de seguir seus sonhos e o significado do sucesso em um mundo cada vez mais competitivo
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*Colaborou sob a supervisão de Matheus Arruda
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