É no mar aberto, mas com treinos na piscina, que desliza nas águas uma das promessas da natação de Santa Catarina. Aos 13 anos, a manezinha Marina Severo Eickhoff já encara provas de gente grande. No último fim de semana, em Itapema, terminou no primeiro lugar geral feminino, disputando com adultos, a prova de 1.500 metros.
Por sinal, nadar em mar aberto é o que ela prefere. Moradora do Campeche, a água salgada traz algo diferente: “Acho que é uma sensação assim de leveza, é bem melhor do que na piscina. Me sinto leve, flui bastante e nado melhor”, conta.
A conquista aos 13 do primeiro lugar no Circuito Ocean, em Itapema, teve uma dificuldade extra. Marina teve uma indisposição antes da prova, com náusea e enxaqueca, e foi para a água. Com um ritmo forte, subiu ao pódio. Ter passado por cima dos problemas para encarar tem uma explicação: gostar de estar no topo. Por sinal, mesmo com a pouca ida
“Eu gosto muito de competir, principalmente em águas abertas. Eu sou bem competitiva, gosto de ver que a pessoa está do meu lado e ir para a frente”.
A natação entrou na vida da jovem atleta aos três anos de idade, como diversão e também para ter uma nova atividade. Oficialmente Marina é uma atleta federada há pouco tempo, aos 12 anos, mas com resultados expressivos em uma das mais tradicionais provas de natação de Santa Catarina.
“A prova que mais gostei de nadar foi a Travessia da Ilha do Campeche deste ano. Em 2023, fiquei em segundo lugar na minha categoria e agora, inesperadamente, fiquei com o segundo lugar na classificação geral do feminino. Foi muito bom, me esforcei muito o ano inteiro para ter esse resultado e foi uma superação”.
Futuro da natação no Jasc
Marina Severo Eickhoff ainda está dando as braçadas como uma atleta amadora, mas sonha em se tornar de elite. No entanto, tem bem traçado um projeto para os próximos anos: “Se eu não for uma atleta profissional para viver, quero me formar em educação física ou nutrição e ser técnica de natação”.
Além da conquista recente no Circuito Ocean, Marina está escalada para disputar os Jogos Abertos de Santa Catarina, em Concórdia. Ela reconhece que não será fácil subir ao pódio, mas vai competir para quebrar recordes pessoais por saber da dificuldade.
“Eu vou nadar 800m livre e 200m medley. Gosto de fazer provas longas, as minhas principais são 400m, 800m e 1500m. Para os 800m eu vou me pressionar para melhorar o meu tempo, uns cinco segundos, já nos 200m medley eu nunca nadei e vou me testar. A minha idade é a mínima para participar, então não tenho muita chance assim”, explicou.
A jovem nadadora iniciou no esporte na equipe Sotália e hoje é atleta do Lira Tênis Clube, equipe que vai formar boa parte da equipe de Florianópolis que vai disputar os Jasc. Segundo ela, o clube tem feito a diferença no rendimento.
“Aqui temos muito suporte, os técnicos são maravilhosos, amigos, e o clube também paga as nossas provas e estão sempre atrás de melhoras. O Lira é uma verdadeira família. No meu primeiro dia já tinha feito novos amigos e eles me ajudam e motivam a continuar nadando”.