Os incensos, objetos usados desde os tempos de civilizações antigas como a egípcia, chinesa e indiana, migraram para o Ocidente e são usados em grande escala para deixar o ambiente cheiroso. Essa prática, no entanto, pode causar prejuízos para a saúde.
Ao Metrópoles, a pneumologista Ana Luiza Brandao relatou que as partículas finas do incenso podem penetrar profundamente nos pulmões e ficar nas pequenas vias aéreas.
“Causando inflamação e aumentando o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias e agravamento das condições já existentes, como a asma e doença pulmonar obstrutiva crónica”, disse.
Os riscos do incenso
Além disso, o médico Vital Araújo completou dizendo que o benzedo, um hidrocarboneto policíclico aromático presente nos incensos, e cancerígeno e pode causar problemas respiratórios.
“Existem estudos que comprovam que estes compostos têm um potencial cancerígeno. Por isso, a exposição pode aumentar o risco de desenvolvimento de cancro de pulmão e também na nasofaringe”, destacou.
Os riscos não acabam por aí. Os dois profissionais alertam que o uso frequente de incenso pode chegar à corrente sanguínea.
“Esse processo, conhecido como stress oxidativo, pode danificar as células e contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças, desde problemas cardíacos, como a aterosclerose e acidente vascular cerebral, até condições neurodegenerativas”, completou Araújo.
Os incensos naturais são sempre uma opção melhor que os industrializados, mas mesmo assim, não são recomendados pelos profissionais de saúde.