Explosões no STF podem ser anexadas a inquérito de 8/1, diz Barroso

Barroso disse que Moraes pode assumir o casoCaio Barbieri

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (13) que o ministro Alexandre de Moraes pode assumir a investigação sobre as explosões na Praça dos Três Poderes, caso haja conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023.

“Vou receber o inquérito. Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção”, afirmou Barroso ao jornal Folha de São Paulo, ao ser questionado sobre a possibilidade de o inquérito ser anexado.

As explosões ocorreram na mesma praça que abriga as sedes dos Três Poderes, em Brasília, quase dois anos após os ataques golpistas que devastaram o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. O prédio do STF foi evacuado imediatamente após os incidentes.

Incidente e medidas de segurança

Uma pessoa foi encontrada morta nas proximidades do STF, e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmou o falecimento no local. Além disso, a Polícia Militar foi acionada, e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciou uma varredura na área. As autoridades confirmaram também uma segunda explosão, que aconteceu em um carro estacionado perto de um anexo da Câmara dos Deputados, na mesma região.

Em resposta aos ataques, a segurança do Palácio do Planalto foi reforçada. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou um dos níveis do Plano Escudo, que envolve o aumento de agentes de segurança, incluindo militares das Forças Armadas. Fontes no Planalto indicam que essas medidas de segurança devem continuar nos próximos dias, dada a gravidade da situação.

O ataque

As explosões ocorreram com um intervalo de 20 segundos, por volta das 19h30, e logo a área em frente ao STF foi isolada. A primeira explosão aconteceu em um carro estacionado no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O veículo estava registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, que também foi identificado como a vítima fatal da segunda explosão, ocorrida em frente ao Supremo, pouco tempo depois.

Ele morreu nas explosões e estava vestindo uma roupa que remete ao personagem Coringa, um vilão anarquista das histórias em quadrinhos. Ele usava uma calça e terno com estampa de naipes de baralho e fundo verde-escuro, e ao lado do corpo foi encontrado um chapéu branco.

Em decorrência do incidente, a Câmara dos Deputados suspendeu a sessão em andamento. O ataque ocorre em um contexto de crescente tensão política e reforça as preocupações com a segurança das instituições federais, especialmente após os eventos de 8 de janeiro de 2023.

A Polícia Federal e as autoridades de segurança pública seguem investigando as explosões, que continuam sendo tratadas com máxima prioridade, dada a possibilidade de ligação com os ataques de 2023 e os riscos à estabilidade institucional.

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