Ferramenta mapeia os melhores pontos de mergulho do litoral e grandes represas no interior paulista. Iniciativa busca estimular o turismo de aventura no interior e litoral do Estado.
ICMBio
As cidades de Santos e Itanhaém, ambas na Baixada Santista, contam com 16 locais que integram o “Guia de Mergulho” lançado pelo governo do estado de São Paulo. A ferramenta mapeia 99 pontos de mergulho do litoral paulista e grandes represas no interior.
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Em Santos, 11 pontos de mergulho estão disponíveis no Parque Estadual Marinho Laje de Santos. Já em Itanhaém, são cinco locais na Ilha da Queimada Grande.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a iniciativa busca estimular o turismo de aventura no interior e litoral do estado.
A ferramenta oferece opções tanto para iniciantes quanto para mergulhadores experientes. Cada ponto de mergulho traz orientações de segurança, informações sobre ecossistemas locais, mapas georreferenciados e dados sobre correntes marítimas. O guia completo pode ser conferido por meio deste link.
Confira os pontos de mergulho do litoral:
Santos – Parque Estadual Marinho Laje de Santos
Portinho
O local fica na parte norte do parque e é onde ocorre a maioria dos mergulhos. Podem ser observados alguns destroços do naufrágio do pesqueiro São Judas, ocorrido no final dos anos 1980. Também é possível ver diversas espécies da fauna e flora marinha. Chega até 22 metros de profundidade.
Naufrágio Moreia
Foi o primeiro naufrágio artificial brasileiro, ocorrido em 1990, com a finalidade de se tornar atrativo para os mergulhos. O pesqueiro de ferro tem 15 metros de comprimento. Em seu porão, há peixes e diferentes espécies, cardumes, cocorocas e budiões. A superfície do navio é povoada por invertebrados incrustantes e fauna acompanhante. Chega até 22 metros de profundidade.
Piscinas
Com profundidade de 10 a 35 metros, a região com maior incidência de tartarugas-verdes e de pente. Na porção mais funda, surgem grandes blocos rochosos, com corredores que podem ser percorridos pelos mergulhadores e onde são observadas grandes garoupas e caranhas, além de vários cardumes. O ponto é recomendado para mergulhadores com mais experiência.
Parcel das Âncoras
Complexo e exige boa orientação subaquática. Na área mais profunda, encontram-se grandes garoupas e, na parte rasa, uma grande variedade de peixes. Cardumes, tartarugas e raias são frequentes. Há correntes no local.
Paredão da Face Sul
A encosta rochosa é íngreme e desce até 42 metros de profundidade. Mergulhos são feitos com a correnteza “drifting” e exigem bom controle de flutuabilidade para evitar descer além do planejado. Entre 12 e 27 metros, há uma formação inclinada com uma paisagem. No fundo, vivem peixes como jaguareçás, olhos-de-cão e marias-nagô. Tartarugas se alimentam principalmente até 15 metros, e há chance de ver peixes pelágicos.
Boca da Baleia
Com aproximadamente 50 metros de extensão e profundidade média de 15 metros, o ponto precisa estar em boas condições de mar e direção de ondulação para que se possa mergulhar. Há presença de cardumes que preferem águas mais agitadas, como pampos-galhudos, sargos e carapaus.
Calhaus Face Sul
O local contém correntes e os mergulhos só podem ser praticados sob ótimas condições de mar. Esta é a parte do parque mais voltada para o mar aberto. Sua profundidade vai de 8 a 40 metros.
Calhaus Face Norte
Possui características de navegação subaquática e fauna semelhantes ao Portinho da Laje. A profundidade pode atingir os 35 metros.
Calhaus Túnel
A passagem tem forma de ‘U’ com um arco central que fica fora da água. A profundidade varia por causa das grandes rochas no fundo, exigindo bom controle de flutuabilidade do mergulhador. O local depende de boas condições do mar para ser acessível. Moreias, lagostas, jaguareçás, budiões e tartarugas são comuns na área.
Parcel Novo
A formação submersa fica a cerca de 1,5 milha náutica ao sul da Laje. O mergulho no local exige condições ideais de mar e mergulhadores bem preparados. Há operações regulares para grupos específicos com treinamento técnico. A formação rochosa está coberta de invertebrados, e é comum encontrar olhos-de-boi, olhetes, xaréus e serranídeos.
Parcel do Sul
A formação submersa fica a aproximadamente 400 metros a sudoeste da Laje. Ela requer boas condições de mar, mas permite fácil orientação e deslocamento. É um maciço rochoso alinhado de leste a oeste, que começa a descer lentamente e fica mais íngreme após os 20 metros de profundidade. A fauna é semelhante à do Parcel Novo.
Itanhaém – Ilha da Queimada Grande
Saco da Banana
A profundidade é de 6 a 18 metros. Este ponto apresenta um fundo rochoso com várias passagens e tocas. É caracterizado por corais do tipo cérebro e baba-de-boi (Palythoa sp.), além de cardumes de pequenos peixes recifais. Ideal para mergulhadores iniciantes e treinamentos de cursos de mergulho.
Naufrágio Tocantins
Trata-se de um cargueiro brasileiro de aço e propulsão a vapor que naufragou em 1933. O casco está bem preservado, com caldeiras intactas e uma rica fauna marinha ao redor dos destroços. Este ponto é popular entre mergulhadores mais experientes devido à diversidade de estruturas submersas. O local tem de 8 a 22 metros de profundidade.
Naufrágio Rio Negro
Com profundidade de 8 a 30 metros, este é um naufrágio de um vapor de madeira que naufragou em 1893 devido ao mau tempo. Está desmantelado, com caldeiras visíveis a 12 metros e fragmentos espalhados até os 27 metros de profundidade. Correntes marítimas são comuns na área.
Ilha Queimada Pequena
Localizada a aproximadamente 22 km da costa, esta ilha é um ponto rico em biodiversidade, incluindo peixes, recifais, tartarugas e várias espécies de moluscos. O desembarque é proibido e o local serve como área de procriação para aves marinhas. Profundidade: 25 a 30 metros
Naufrágio Araponga
O navio naufragou em 1943 após colidir com um cargueiro. Originalmente fazia rotas de transporte entre Santos e Florianópolis. Seus destroços estão bem preservados e atraem mergulhadores que desejam explorar a história submersa da região. Profundidade: 30 a 32 metros.
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