O projeto de implantação de uma faixa litorânea para desafogar a BR-101| em Santa Catarina pode sair do papel. Esse é o plano de deputados da ALESC (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina), que vão criar uma frente parlamentar para discutir a viabilidade da obra.
A criação da frente parlamentar é uma iniciativa do deputado Carlos Humberto (PL). Segundo apuração do Balanço Geral (assista abaixo), a ideia da frente é discutir maneiras de conseguir apoio do governo estadual e federal.
O primeiro passo deverá ser a apresentação de um estudo feito pela FIESC (Federação das Indústrias de Santa Catarina) sobre as possibilidades da obra.
“A região norte do Estado está muito prejudicada. [A BR-101] está intransitável, principalmente, nos trechos em Navegantes-Itapema e Penha-Barra Velha. Hoje, qualquer pessoa de Joinville fala em mais de três horas até a Capital”, disse Carlos Humberto.
De acordo com Egídio Martorano, presidente da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da FIESC, o estudo feito pela entidade começou em 2018 e precisa ser posto em prática no projeto.
“Precisa haver uma posição uníssona [dos parlamentares], todos com o mesmo pensamento. Essa posição precisa ter um embasamento técnico”, analisou Martorano.
Faixa litorânea terá custo bilionário
O projeto contempla uma faixa litorânea de 144 km de extensão, entre os municípios de Biguaçu, na Grande Florianópolis, e Joinville, no Norte do Estado.
A SIE (Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade) trabalha na licitação do projeto, mas não há previsão para a conclusão do procedimento. Segundo a Secretaria, o investimento para a elaboração dos projetos é de cerca de R$ 36 milhões. A construção da faixa exigirá um investimento que pode superar os R$ 6 bilhões.