Embora não seja um grande fã de Rogério Ceni, é preciso reconhecer a reflexão que ele trouxe no Brasil.
Enquanto muitos técnicos se rendem ao futebol corrido e intenso, focado apenas no resultado, o treinador do Bahia desafia essa tendência.
Mesmo com jogadores mais cadenciados no meio-campo, ele está brigando na parte de cima da tabela da Série A.
A força física tem seu valor, mas sinto falta dos tempos em que jogadores demonstravam mais habilidade e improviso genuinamente tupiniquim.
Adotando o padrão europeu, perdemos o que fazia nosso futebol ser único, e o esporte que amamos já não desperta a mesma paixão de antes.
É comum ver as novas gerações torcendo por clubes estrangeiros em vez de brasileiros. Torcedores que enfrentam desafios como transporte público precário, ingressos caros e violência nos estádios não têm um espetáculo atrativo dentro de campo.
Veja a coletiva de Rogério Ceni após o triunfo no Brasileirão:
E a culpa disso é o ritmo frenético que tirou um pouco da beleza do jogo. Precisamos recuperar a essência e parar de culpar o calendário e a arbitragem pelo futebol “feio” do nosso país!