Segundo o Ministério Público, 31 deles foram retirados do ar por explorar imagens e outros 60 que se passavam por familiares das vítimas para arrecadar dinheiro. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Federal seguem com trabalho de perícia na manhã deste sábado (10) após desastre aéreo com 62 mortes em Vinhedo (SP)
Polícia Federal
O Ministério Público de SP derrubou mais de 90 perfis falsos na internet que exploravam o acidente aéreo em Vinhedo para aplicar golpes.
De acordo com o órgão, 31 deles foram retirados do ar por exploração de imagens e outros 60 perfis falsos que se passavam por familiares das vítimas para arrecadar dinheiro.
A ação faz parte de uma operação do CyberGaeco do Ministério Público (MPSP).
O avião tinha saído de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, em São Paulo, mas acabou caindo em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo (SP).
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Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. “A perda do contato radar ocorreu às 13h22”.
O acidente deixou 62 mortos. É o acidente aéreo com o maior número de vítimas desde a tragédia da TAM, em 2007 no Aeroporto de Congonhas, quando houve 199 mortos.
Força-tarefa
O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, instituiu uma força-tarefa para investigar a queda do avião da Voepass.
O objetivo é apurar as as circunstâncias do acidente e eventual responsabilização civil e criminal de pessoas e companhias.
A Força-Tarefa está vinculada à Subprocuradoria-Geral de Justiça Criminal, e foi publicada nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial.
O grupo será integrado pelos promotores criminais de Vinhedo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do CYBERGAECO e do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV), além de membros das Promotorias do Consumidor da comarca na qual se deu o acidente. O Núcleo de Inteligência e Gestão do Conhecimento (NIGC) do Centro de Apoio à Execução (CAEx) prestará auxílio.
Para editar a resolução, Oliveira e Costa considerou “a complexidade envolvida no entorno da apuração de acidentes aéreos com vítimas fatais, assim como “a necessidade de promover e facilitar o atendimento aos familiares das vítimas envolvidas”.