Criança achada morta dentro de lixeira em Guaíba foi sedada pela mãe, afirma polícia

A mãe de Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos, a criança achada morta em uma lixeira no município de Guaíba, no Rio Grande do Sul, afirmou à Polícia Civil que medicou a filha com uma substância sedativa. A suspeita, de 29 anos, foi presa temporariamente, mas nega ter matado a filha.

Kerollyn Souza Ferreira, criança achada morta em lixeira no RS - menina branca olhando para o canto inferior direito da foto. Ela tem cabelos castanhos claros ondulados e usa roupa florida em tons de rosa e branco

Corpo de Kerollyn Souza Ferreira, de 9 anos, foi encontrado dentro de lixeira em um município da Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/via Diário Gaúcho/Reprodução/ND

Criança achada morta foi dopada pela mãe

A Polícia Civil considera a mãe da criança achada morta como a principal suspeita no crime. O corpo da menina foi encontrado por recicladores, no bairro Cohab Santa Rita, na última sexta-feira (9). As informações são do Correio do Povo.

A mãe confessou em depoimento que, na noite anterior ao caso, administrou uma substância chamada clonazepam, princípio ativo vendido sob o nome comercial Rivotril – e indicado para o tratamento de alguns tipos de transtornos psiquiátricos.

A substância dada à criança é vendida apenas com prescrição médica por conta do risco de dependência e, se consumida em excesso ou misturada a outros ativos, pode provocar intoxicação do organismo.

“Endiabrada”: mãe diz ter medicado filha para evitar comportamento agressivo

Ainda conforme o relato da suspeita, ela teria dopado a criança em casa por volta das 22h da quinta-feira (8). Ao acordar, ela teria percebido que a criança não estava mais na residência. Na delegacia, ela afirmou que ficou surpresa quando a PM (Polícia Militar) foi até o imóvel e informou que o corpo da criança tinha sido localizado em uma lixeira.

A justificativa para o uso do medicamento, conforme a suspeita, era um suposto comportamento agressivo da menina. A mãe alegou que a criança achada morta tinha surtos, ficava violenta, agredia os irmãos de três, cinco e 13 anos, e parecia “endiabrada”.

Os policiais militares responsáveis por informar o paradeiro do corpo da criança afirmaram que a mulher não apresentou surpresa quando informada da situação. Além disso, conforme a PM, ela também não demonstrou tristeza, mas revolta por ser apontada como suspeita.

O pai de Kerollyn Souza Ferreira mora em Santa Catarina e tentava regularizar a guarda unilateral da criança através da DPSC (Defensoria Pública de SC) e teria feito ao menos seis denúncias no Conselho Tutelar de Guaíba contra a mãe de Kerollyn por negligência.

*Com informações do Correio do Povo.

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