Agência de emprego em cidade no RS firma termo para deixar de pedir dados sem relação direta com vaga


Empresa fazia perguntas de triagem sobre assuntos pessoais não pertinentes para o preenchimento da vaga. Denúncia sigilosa levou à abertura do inquérito para investigar as práticas. Contratação
Divulgação
A agência de empregos Talentista — Gestão de Pessoas Incríveis, localizada em Passo Fundo, Norte do Rio Grande do Sul, firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para alterar suas práticas de coleta de dados pessoais de candidatos.
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Conforme o comunicado oficial do órgão, a agência fazia perguntas de triagem sobre assuntos pessoais não pertinentes para o preenchimento da vaga, como:
nome e profissão dos pais;
posse de veículo próprio;
redes sociais dos candidatos.
Outras perguntas incluíam a existência de pendências judiciais, hábito de fumar, doenças respiratórias e outras condições de saúde.
A reportagem do g1 RS procurou a empresa, mas não obteve retorno até a conclusão da reportagem.
Uma denúncia sigilosa no ano passado que levou à abertura do inquérito para investigar as práticas da agência. A investigação identificou que a coleta de dados estava em desacordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que estipula que qualquer coleta de informações pessoais deve ser específica, informada ao titular e não deve ter fins discriminatórios ou abusivos.
Com o Termo de Ajuste de Conduta, a Talentista comprometeu-se a restringir as perguntas aos candidatos a informações que sejam relevantes para o processo seletivo. O descumprimento dos termos acordados pode resultar em multas financeiras para a agência.
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