Polícia Civil recebeu informações sobre a localização do homem de 20 anos, que foi preso no trabalho, nesta terça (13). Homem alega que “queria combater esse tipo de crime”. Sala da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas (SP)
Pedro Torres/EPTV
Um brasileiro de 20 anos denunciado por um organismo internacional que inclui o Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) foi preso por policiais civis em Campinas (SP) nesta terça-feira (13) suspeito de armazenar conteúdo nazista e articular “possível massacre” contra minorias na internet.
Segundo a Polícia Civil, um relatório da Divisão de Crimes Cibernéticos, com colaboração de agências internacionais, revelou uma articulação de grupos para “o cometimento de homicídios em massa”, e o brasileiro, via redes sociais, trocouo mensagens com outros usuários em que afirmava “a intenção de cometer atos graves de violência contra si mesmo, crianças, adolescentes, mulheres e animais”.
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O homem foi identificado com o auxílio de informações fornecidas por operadores de telefonia e provedores de internet, e preso em flagrante.
De acordo com o delegado Elton Costa, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), com o homem de 20 anos foram localizados fotos e vídeos com menções ao nazismo, de ódio a minorias e mortes em grupo.
“Ele alega que apenas participava de alguns grupos por curiosidade, como forma de fazer uma investigação contra essas pessoas. Mas isso mostrou ser sem sentido. Não há nenhuma demanda, comunicação à polícia. Ele tinha uma afeição por isso, com coisas escritas de próprio punho”, relatou o delegado.
Denúncia
Segundo a equipe da DIG, após o cruzamento de dados a equipe foi até um local em Campinas onde havia a identificação que o material era compartilhado, uma casa no Jardim Capivari.
Os policiais foram até a residência, e encontraram apenas a mãe do suspeito, que informou que o jovem havia deixado a casa após uma confusão – há um boletim de ocorrência dela contra o filho, ainda adolescente – e o suspeito estava com a avó, no Centro de Campinas.
No endereço informado, os policiais civis encontraram apenas a avó do suspeito, que informou o endereço de trabalho, um posto de combustíveis na região central.
No celular foram encontraram trocas de mensagem relacionadas ao neonazismo, e no quarto em que morava junto com a avó, que foi aberto pelo suspeito, os policiais encontraram diversas fotos e vídeos classificadas como nazistas e de ódio às minorias, com a presença de uma suástica nazista no fundo de tela.
Viatura da Polícia Civil em frente da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas (SP)
Pedro Torres/EPTV
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