Estupros começaram quando a vítima tinha 12 anos. Homem se passou por ‘guia espiritual’ e disse que ela deveria manter relações sexuais com o padrasto para livrar a mãe de um ‘feitiço’. Vítima sofreu abusos por mais de seis anos. Imagem ilustrativa
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Um homem foi condenado a 54 anos de prisão por estuprar a enteada em Iguape(SP). O g1 apurou que o criminoso se passava por um ‘guia espiritual’ e, por meio de mensagens, dizia que ela precisava se relacionar com o padrasto – ele mesmo – para livrar a mãe de um “feitiço”. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), ele terá que indenizar a vítima em R$ 100 mil.
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Durante a acusação, a promotora do MP-SP Fernanda Riviera Czimmermann comprovou que os abusos começaram quando a menina tinha 12 anos, tendo durado mais de seis anos.
A sentença foi decretada neste mês pelo juiz Bruno Terra, do 1º Foro de Iguape. O caso segue sob segredo de Justiça. Sendo assim, detalhes sobre o homem e a vítima não foram divulgados.
“Não há dúvidas de que o réu, sob a falsa identidade, se apresentava como guia espiritual para o núcleo familiar composto por ele, a vítima e sua genitora, a fim de manipular ambas e de praticar os crimes que lhe são imputados”, apontou o magistrado na decisão.
‘Guia espiritual’
De acordo com a decisão judicial, o padrasto ‘controlava’ a vida da vítima, incluindo o uso do celular, as amizades, contatos que poderia ter e até músicas que ela poderia ouvir.
Conforme descrito no documento, o condenado se passava pelo personagem de ‘guia espiritual’ e dizia que ela devia manter relações sexuais com o padrasto até completar 18 anos.
Ainda segundo a decisão, a vítima não desconfiava da ‘dupla identidade’ do homem, no entanto, quando chegou à maioridade, os abusos continuaram sob as ameaças de que a mãe dela poderia morrer em caso de negativas ao padrasto.
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