Os servidores da Celesc entraram em greve nesta segunda-feira (12), motivados pelas alterações propostas pela empresa na forma de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Com isso, alguns serviços foram afetados, principalmente o atendimento ao consumidor.
De acordo com a Celesc, a paralisação não é integral, mas atinge principalmente as posições de atendimento ao consumidor – Foto: Reprodução/Balanço Geral/ND
Durante a paralisação, apenas os serviços de urgência e emergência serão mantidos. Não foram todos os trabalhadores que aderiram à greve, tornando possível a manutenção desses serviços.
A Celesc informou que mais de 20 serviços da empresa podem ser acessados sem que o consumidor saia de casa. A segunda via da fatura, falta de energia, pedir ligação nova, troca de titularidade e outros 20 serviços podem ser solicitados pelo WhatsApp (48) 99260-0067, no Aplicativo ou Agência Web.
Já no 0800 048 0120 os clientes podem solicitar serviços e tirar dúvidas 24 horas por dia. Se precisarem de atendimento emergencial, o telefone é 0800 048 0196. Mais informações podem ser obtidas por meio do site.
Entenda a greve dos servidores da Celesc
Os sindicatos que representam a categoria defendem que a alteração da PLR favorece um pequeno grupo de trabalhadores em detrimento dos demais.
“A proposta que veio da empresa vai no sentido de retirar uma parte da PLR justamente dos trabalhadores que têm os menores salários e repassar para quem tem os salários mais altos”, explicou Cléber Borges da Silva, diretor do Sintresc (Sindicato dos Trabalhadores Indústria de Energia Elétrica do Sul de Santa Catarina), em entrevista ao Balanço Geral de Criciúma.
“É importante a gente deixar bastante claro que a nossa greve é para manter o que a gente já tem. Enquanto que a intenção da empresa é mudar uma lógica, é retirar um direito que foi construído há mais de 20 anos, então é por isso que nós estamos em greve”, completou o diretor.
Greve foi motivada pela alteração na forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados – Foto: Leo Munhoz/ND
Em nota divulgada à população, a Intercel (Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina), afirmou que a paralisação se deve à “postura negligente da direção da empresa, tanto na negociação de direitos dos trabalhadores, quanto na gestão”.
O comunicado também afirma que encaminhou uma proposta em dezembro de 2023 para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024, mas que a Celesc não apresentou contraproposta, “em uma tentativa de divisão e enfraquecimento dos trabalhadores”.
Serviços de urgência e emergência estão mantidos durante a paralisação – Foto: Celesc/Divulgação/ND
Em nota, a Celesc informou que a diretoria da companhia apresentou aos sindicatos de classe uma sugestão inicial de metodologia para a distribuição da PLR, “visando estimular ainda mais o engajamento e a satisfação de todos os empregados”, mas que a greve foi anunciada sem antes dialogar com a empresa.
Também afirmou que, na última sexta-feira (9), foi enviada uma proposta formal buscando avançar nas negociações da PLR, com convite para reunião nesta terça-feira (13).
“A Celesc acredita que um diálogo positivo e aberto, certamente contribuirá para um resultado que atenda o melhor interesse de todos os Celesquianos. A Empresa mantém o firme propósito do pagamento da PLR 2024, com valores nos mesmos patamares de 2023, podendo atingir até R$ 56 milhões, com base no atingimento de todas as metas convencionadas”, completou.