Segundo as investigações, a mulher foi brutalmente agredida dentro de casa no dia 29 de julho e morreu após permanecer internada por seis dias. Crime foi em Brasília de Minas e o suspeito está preso. Investigação foi conduzida pela Polícia Civil de Brasília de Minas
Polícia Civil/Divulgação
Um homem, de 40 anos, foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de feminicídio após agressões que resultaram na morte da companheira, de 46 anos, em Brasília de Minas.
Segundo as investigações, a mulher foi brutalmente agredida dentro de casa no dia 29 de julho e morreu após permanecer internada por seis dias. Ela foi socorrida com lesões graves na cabeça e na face.
Em nota enviada à imprensa, o delegado Flávio Cavalcante, responsável pela investigação, informou que, no primeiro momento, foi instaurado inquérito para apurar o caso de violência doméstica e descumprimento de medida protetiva.
“O crime, inicialmente tratado como lesão corporal, evoluiu para homicídio qualificado na forma de feminicídio, após a vítima, gravemente agredida por seu companheiro, falecer dias depois de ser espancada por ele. […]A análise médica demonstrou que as lesões sofridas durante a agressão foram um fator determinante para a ocorrência da morte”, explica.
Ainda conforme o delegado, o laudo de necropsia apontou que “as agressões foram tão intensas que desencadearam um processo de deterioração física na vítima, culminando em um tromboembolismo pulmonar”.
As investigações também revelaram que o relacionamento do casal era marcado por histórico de violência doméstica com brigas frequentes e agressões.
O suspeito permanece preso e o inquérito foi encaminhado à Justiça. De acordo com a PC, o documento inclui depoimentos de testemunhas e laudo médico, que indicam que o investigado agiu com dolo eventual, ao assumir o risco de causar a morte da vítima com as agressões.
“Diante das evidências, o investigado foi indiciado pelo crime de feminicídio, conforme previsto no Código Penal, uma vez que a violência foi usada como instrumento de controle e submissão, caracterizando o crime como motivado pela condição de gênero da vítima”, disse o delegado Flávio Cavalcante.
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