
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs neste domingo (11) a realização de uma reunião com autoridades ucranianas em Istambul, Turquia, marcada para a próxima quinta-feira (15).
A proposta prevê negociações sem pré-condições, conforme informou a agência Reuters, e ocorre em meio a crescentes pressões internacionais por um cessar-fogo no conflito iniciado em 2022.
Durante a madrugada, em declaração oficial, Putin sugeriu a capital turca como sede das conversas e indicou intenção de buscar uma “paz duradoura”.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, confirmou a disponibilidade do país para sediar o encontro.
A Turquia está pronta para facilitar o diálogo entre as partes, como fez em ocasiões anteriores, afirmou Erdogan por meio de comunicado divulgado por seu gabinete.
A proposta não foi acompanhada por anúncio de cessar-fogo, o que provocou reações cautelosas por parte do governo da Ucrânia.
Em nota divulgada pela AP News, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou a iniciativa “um sinal positivo”, mas destacou que qualquer negociação deve estar precedida por interrupção dos combates.
Ele garantiu que, sem cessar-fogo, não há espaço seguro para diálogo, acrescentando que “garantias de segurança para a Ucrânia são pré-requisitos”.
Proposta de líderes europeus e dos EUA
O anúncio russo contraria uma proposta conjunta de líderes europeus, apoiada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende uma pausa humanitária de 30 dias no conflito a partir desta segunda-feira (12). Moscou rejeitou a proposta, mantendo a ofensiva em regiões do leste ucraniano.
A escolha de Istambul retoma tentativas anteriores de mediação lideradas pela Turquia nos primeiros meses da guerra, que não resultaram em acordo formal entre as partes.
Desde então, não foram realizadas negociações diretas com participação pública de ambos os presidentes.

Até o momento, não há confirmação oficial por parte do governo ucraniano sobre presença em Istambul na data sugerida.
Fontes diplomáticas indicam que as conversas seguem em curso entre representantes dos dois países e mediadores internacionais.