
O Vaticano publicou um decreto, há um mês, que reconhece as virtudes heroicas do padre cearense José Antônio Maria Ibiapina, que viveu no século 19.
Com o decreto, que leva a assinatura do papa Francisco, o padre passa a ser considerado “Venerável” pelos católicos, um passo significativo para a canonização do sacerdote, o que pode torná-lo beato e, em seguida, santo.
Com o título de Venerável, requer agora um reconhecimento de um milagre atribuido a ele para a beatificação.
Somente após a beatificação, vem a canonização – que o tornaria oficialmente santo – dependendo de um segundo milagre.
“Apóstolo do Nordeste”
O padre nasceu em Sobral, no Ceará, em 1806. Recebeu educação religiosa na infância e na adolescência, mas, por causa de problemas familiares, acabou se afastando da vida monástica para estudar direito e atuar na política.
Aos 47 anos se ordenou sacerdote. A partir de então, dedicou sua vida à evangelização e a promoção de obras sociais, inspirando figuras importantes como Padre Cícero e Antônio Conselheiro.
Em 1875, sofreu uma paralisia dos membros inferiores. Passou, assim, a se locomover numa cadeira de rodas. Porém, como seu estado de saúde declinou, o padre faleceu em 1883, aos 76 anos.
No Brasil, a Igreja Católica já reconheceu 37 santos, incluindo quem nasceu no país ou passou boa parte da vida em território brasileiro.
É o caso de Madre Paulina (ou Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus), que recebeu a canonização em 2002. Italiana, ela fixou morada nos Estados de Santa Catarina e São Paulo, onde veio a falecer em 1942.