Corpo de Patrícia Neves Jackes Aires foi achado dentro do próprio carro, numa área de mata. Mãe de delegada morta diz que namorado da filha era ciumento e violento: ‘Chega de matar mulheres’
A mãe da delegada pernambucana Patrícia Jackes, de 39 anos, que foi encontrada morta na Bahia no domingo (11), disse que a filha relatou para a família que namorado, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, principal suspeito da morte, era um homem ciumento e controlava as roupas que a filha usava (veja vídeo acima). Ele já tinha sido preso anteriormente, em maio, por agredir a vítima.
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Moradora do Recife, onde o corpo da delegada será enterrado na terça-feira (13), Maria José Jackes Aires disse que a filha chegou a ouvir uma conversa do companheiro com a mãe dele, na qual ele falava sobre o sentimento de posse em situações como os eventos em que ele a acompanhava.
“Ela pegou um áudio dele para a mãe: ‘Mãe, vou pegar um remédio para me controlar porque lá vai ter muito homem. Não sei se vou conseguir me controlar’. Então, já era uma forma de ele mostrar a personalidade violenta. Esse áudio só chegou até ela (Patrícia) depois que eles tinham se separado”, contou Maria José.
A mãe contou, também, que o amor pela família é o que tem mantido ela de pé depois da morte da filha.
“Não sei como estou de pé. Acho que é porque tenho meu neto e ele me ama demais. E tenho meu filho, que também precisa de mim. Só sei que tem que mudar, chega de matar as mulheres. A gente está sendo massacrada. Não só aqui [em Pernambuco], em Salvador, em São Paulo, no país inteiro”, lamentou a mãe.
Mesmo com esses relatos, a mãe de Patrícia Jackes disse que a filha falava que Tancredo Neves era “um homem bom” e que tinha feito faculdade de Medicina na Argentina. “Ela dizia que ele era um homem bom, carente, que tinha feito faculdade na Argentina. O pai dele é um médico conhecido em Salvador”, falou.
Nascida no Recife, Patrícia Jackes tinha um filho de 7 anos. Ela foi criada junto com o irmão Rafael pela mãe, Maria José Jackes – a filha de pescadores nascida no município de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco.
Segundo Maria José, o pai das crianças era funcionário público e morreu por afogamento quando os filhos ainda eram pequenos, na Cachoeira do Urubu, no município de Primavera, na Mata Sul do estado.
Nascida no Recife, Patrícia tinha 39 anos, era formada em Letras e ensinou língua portuguesa e língua inglesa em escolas públicas em Pernambuco. Também era formada em jornalismo e depois que se graduou em Direito foi aprovada no concurso para ser delegada civil no estado da Bahia, para onde se mudou há 10 anos.
Especialista em Direito Penal e Processo Penal, tomou posse em 2016, sendo designada em para a Delegacia Territorial de Barra, no Oeste do estado. Depois, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuava como plantonista.
Patrícia Jackes atuava na prevenção e enfrentamento às violências de gênero. Em 2021, atuou no Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM), da 4ª Coordenadoria de Polícia, no município de Santo Antônio de Jesus (BA).
“Minha filha trabalhava 24 horas. Ela fazia plantão à noite toda. Chegava de manhã. […] Gostava da Bahia, era uma profissional dedicada, querida, amava Salvador, Ivete [Sangalo]. Gostava de dançar e amava nosso Pernambuco. Amava Tamandaré. Não tenho muita educação, como dei para os meus filhos. Tentei dar tudo de mim, para que ela crescesse e mudasse o nosso país. É só com estudo que a gente pode crescer, só com estudo a gente pode fazer um país melhor”, disse.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
A mãe da delegada pernambucana Patrícia Jackes, de 39 anos, que foi encontrada morta na Bahia no domingo (11), disse que a filha relatou para a família que namorado, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, principal suspeito da morte, era um homem ciumento e controlava as roupas que a filha usava (veja vídeo acima). Ele já tinha sido preso anteriormente, em maio, por agredir a vítima.
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Moradora do Recife, onde o corpo da delegada será enterrado na terça-feira (13), Maria José Jackes Aires disse que a filha chegou a ouvir uma conversa do companheiro com a mãe dele, na qual ele falava sobre o sentimento de posse em situações como os eventos em que ele a acompanhava.
“Ela pegou um áudio dele para a mãe: ‘Mãe, vou pegar um remédio para me controlar porque lá vai ter muito homem. Não sei se vou conseguir me controlar’. Então, já era uma forma de ele mostrar a personalidade violenta. Esse áudio só chegou até ela (Patrícia) depois que eles tinham se separado”, contou Maria José.
A mãe contou, também, que o amor pela família é o que tem mantido ela de pé depois da morte da filha.
“Não sei como estou de pé. Acho que é porque tenho meu neto e ele me ama demais. E tenho meu filho, que também precisa de mim. Só sei que tem que mudar, chega de matar as mulheres. A gente está sendo massacrada. Não só aqui [em Pernambuco], em Salvador, em São Paulo, no país inteiro”, lamentou a mãe.
Mesmo com esses relatos, a mãe de Patrícia Jackes disse que a filha falava que Tancredo Neves era “um homem bom” e que tinha feito faculdade de Medicina na Argentina. “Ela dizia que ele era um homem bom, carente, que tinha feito faculdade na Argentina. O pai dele é um médico conhecido em Salvador”, falou.
Nascida no Recife, Patrícia Jackes tinha um filho de 7 anos. Ela foi criada junto com o irmão Rafael pela mãe, Maria José Jackes – a filha de pescadores nascida no município de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco.
Segundo Maria José, o pai das crianças era funcionário público e morreu por afogamento quando os filhos ainda eram pequenos, na Cachoeira do Urubu, no município de Primavera, na Mata Sul do estado.
Nascida no Recife, Patrícia tinha 39 anos, era formada em Letras e ensinou língua portuguesa e língua inglesa em escolas públicas em Pernambuco. Também era formada em jornalismo e depois que se graduou em Direito foi aprovada no concurso para ser delegada civil no estado da Bahia, para onde se mudou há 10 anos.
Especialista em Direito Penal e Processo Penal, tomou posse em 2016, sendo designada em para a Delegacia Territorial de Barra, no Oeste do estado. Depois, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuava como plantonista.
Patrícia Jackes atuava na prevenção e enfrentamento às violências de gênero. Em 2021, atuou no Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM), da 4ª Coordenadoria de Polícia, no município de Santo Antônio de Jesus (BA).
“Minha filha trabalhava 24 horas. Ela fazia plantão à noite toda. Chegava de manhã. […] Gostava da Bahia, era uma profissional dedicada, querida, amava Salvador, Ivete [Sangalo]. Gostava de dançar e amava nosso Pernambuco. Amava Tamandaré. Não tenho muita educação, como dei para os meus filhos. Tentei dar tudo de mim, para que ela crescesse e mudasse o nosso país. É só com estudo que a gente pode crescer, só com estudo a gente pode fazer um país melhor”, disse.
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