Policiais prendem 13 suspeitos de ‘colar’ em concurso público

Foram apreendidos pequenos celulares e gabaritos das provasDivulgação/Polícia Civil do Pará

A Polícia Civil do Pará prendeu 13 candidatos suspeitos de tentativa de fraude e associação criminosa, durante a realização do concurso público do Banco do Estado do Pará (Banpará),  na região metropolitana de Belém. Eles estariam envolvidos em organização criminosa que cobrava R$ 10 mil para transmitir respostas através de aparelhos celulares em miniatura e relógios digitais.

A ação intitulada “Gabarito Final” foi realizada em locais de prova situados em Castanhal, no nordeste paraense, e nos bairros do Marco, Umarizal e Val de Cans, em Belém (PA). Os agentes de segurança, disfarçados de fiscais de prova, encontraram em flagrante os suspeitos com dispositivos eletrônicos em miniatura escondidos em roupas, partes íntimas e calçados.

As investigações indicam que a quadrilha era formada por professores especializados, que se inscreviam nas provas, faziam os exames e depois passavam as respostas para os candidatos envolvidos no esquema. A PC detalhou que a quadrilha cobrava valores de até dez mil reais de cada candidato para fornecer o gabarito das provas.

Fraude no concurso

Relógios também estavam sendo usados para a colaDivulgação/Polícia Civil do Pará

Segundo a polícia, o grupo atuava em diversas cidades do Pará e já havia tentado fraudar outros concursos públicos, segundo a corporação. A organização criminosa tinha um núcleo centralizado no município de Abaetetuba, no nordeste do estado.

Durante a operação, foram apreendidos vários celulares pequenos, que dificultavam a detecção pelos equipamentos de segurança, além de celulares pessoais e relógios digitais utilizados na cola.

“Os policiais civis atuaram de forma velada, disfarçados de fiscais do concurso. Eles monitoraram os locais de prova e, de maneira estratégica, abordaram os suspeitos no momento em que iam ao banheiro para verificar o gabarito”, explicou o superintendente regional, Mhoab Khayan.

De acordo com ele, as abordagens ocorreram sem causar constrangimento aos outros participantes, “mas com a eficiência necessária para frustrar a tentativa de fraude”. A ação foi conduzida por equipes da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, do Núcleo de Apoio à Investigação de Abaetetuba, da Delegacia de Homicídios de Abaetetuba e da Diretoria de Polícia Especializada (DPE).

Os 13 candidatos detidos foram encaminhados à Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), foram autuados em flagrante e vão responder pelos crimes de tentativa de fraude e associação criminosa.

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