Ministério Público do AM vai investigar viagem do prefeito de Manaus ao Caribe


Investigação busca esclarecer se a viagem de David Almeida, como apontam as denúncias, foi custeada por fornecedores com contratos vigentes com a prefeitura. Prefeito de Manaus, David Almeida (Avante)
Semcom
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu uma investigação para apurar se a viagem pessoal do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), à ilha de St. Maarten, no Caribe, durante o Carnaval, foi custeada com dinheiro público. O órgão também solicitou esclarecimentos ao chefe do Executivo Municipal após denúncias serem protocoladas.
O g1 procurou a Prefeitura para um posicionamento sobre a investigação do MPAM, mas aguarda retorno.
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A investigação do MPAM busca esclarecer se a viagem de David Almeida, como apontam as denúncias, foi custeada por fornecedores da prefeitura. Se confirmada, a prática pode configurar os seguintes crimes:
Corrupção passiva – Solicitar ou receber vantagem indevida em razão do cargo público.
Peculato – Apropriação ou desvio de recursos públicos para benefício próprio ou de terceiros.
Improbidade administrativa – Ato ilícito que causa dano ao erário ou fere os princípios da administração pública.
Lavagem de dinheiro – Ocultação da origem ilícita de valores obtidos por meio de crimes.
Em 5 de março, a gestão municipal informou que a viagem do prefeito foi pessoal e custeada de forma particular. O afastamento das atividades institucionais seguiu o procedimento legal, com o envio do ofício nº 279/2025 à Câmara Municipal de Manaus (CMM) em 27 de fevereiro.
Uma das denúncias foi formalizada nesta semana pela presidência da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O documento cita que a “sociedade tem cobrado esclarecimentos sobre a viagem”, que, segundo sua denúncia, ocorreu em avião particular e envolveu gastos elevados.
A representação solicita detalhes sobre os gastos da viagem, incluindo passagens, hospedagem e outros custos.
O MPAM informou que as denúncias foram recebidas, autuadas e enviadas pela Secretaria-Geral do órgão ao Centro de Apoio Operacional de Proteção e Defesa dos Direitos Constitucionais do Cidadão, dos Direitos do Consumidor e da Defesa do Patrimônio Público (CAO-PDC), que as encaminhará às Promotorias de Patrimônio para a instauração de Notícia de Fato, fase inicial da apuração.
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