Suspeitos de matar idosa durante assalto em Jaborandi, SP, ficaram mais de 4 horas dentro da casa


Polícia trabalha com a hipótese de crime planejado e investiga dinâmica. Ninguém foi preso até o momento, mas veículo utilizado já foi identificado. Idosa que morreu em assalto em Jaborandi, SP, pode ter sido sufocada, diz laudo
Os suspeitos de matar a aposentada Maria José Moschin, de 75 anos, passaram, pelo menos, quatro horas dentro da casa onde ela vivia com o marido, José Moschin, de 88 anos, em Jaborandi (SP).
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O crime aconteceu no dia 24 de fevereiro e chocou a cidade, que não registrava um caso do tipo desde 2001. Além de assassinar a idosa, eles agrediram o idoso e ainda fugiram com o carro da família, uma Spin prata, e joias avaliadas em R$ 100mil.
Imagens de câmeras de segurança as quais a EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso mostram o momento em que os criminosos chegam no local, por volta das 3h30, e só deixam a residência às 7h45.
Câmera de segurança flagrou três suspeitos deixando carro e atravessando rua em direção à casa de aposentados, em Jaborandi, SP
Câmera de segurança
Para o investigador Rafael Foroni, o crime foi planejado. Nenhum suspeito foi preso até o momento, mas o carro utilizado por eles para chegar até a casa das vítimas já foi identificado.
“A gente conseguiu concluir que eles ficaram mais de quatro horas na residência e a gente está trabalhando toda essa questão da dinâmica, do que eles fizeram lá dentro, se eles esperaram o momento ideal para interceptar o casal ou se eles já chegaram e imediatamente já entraram na residência”.
Segundo Foroni, uma das hipóteses da polícia é de que os criminosos tenham esperado o casal acordar para não fazer barulho. Um maço de cigarro e um isqueiro foram encontrados dentro da casa e nenhum dos aposentados fumava.
“A gente trabalha com a possibilidade de eles terem chegado na residência e esperado o momento que o casal acordasse para que abrisse a porta e não gerasse um barulho, um alarde antes do momento ideal. A gente encontrou um maço de cigarro e um isqueiro próximo à cadeira e na residência ninguém fumava. A gente trabalha com a possibilidade de eles terem ficado lá na garagem esperando o momento, sabendo que era um casal de idade, às vezes, que não escutaria direito, e eles ficaram esperando o momento certo para agir”.
O laudo que apontaria a causa da morte de Maria José foi inconclusivo, o que significa que ainda não é possível dizer como o crime aconteceu. A polícia acredita que ela tenha sido sufocada.
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Maria José Moschin, de 75 anos, encontrada morta após ter casa invadida por assaltantes em Jaborandi, SP
Reprodução/EPTV
Crime planejado
Ainda segundo Foroni, como a polícia trabalha com a suspeita de que o crime foi planejado, as investigações focam, neste momento, no porquê os criminosos demoraram tanto tempo dentro da casa.
“Teoricamente, eles já saberiam o que queriam levar, chegaram já na residência certa, já com modo de agir e esperavam o que queriam levar. A gente não entendeu porque demoraram tanto tempo para uma ação que seria, teoricamente, entrar na casa, pegar as joias, pegar o carro da vítima e sair do local”.
Para o investigador, até mesmo o fato de os suspeitos terem deixado a casa já pela manhã chama a atenção.
“Eles saíram em um horário já de movimento e poderiam ter feito todo esse processo durante a madrugada. Eles arriscaram essa questão, 7h45 sair da residência, em uma hora de movimento em uma avenida, enquanto poderiam ter feito essa ação muito mais rápido”.
De acordo com a polícia, muitas pessoas na cidade sabiam que Maria José colecionava ouro e joias.
O carro da família foi encontrado quatro dias após o crime, abandonado em um canavial. Foroni acredita que o veículo utilizado pelos criminosos também tenha passado pelo mesmo local. O proprietário ainda não foi identificado.
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