Filhotes da espécie tartaruga-oliva emergiram da areia e saíram em busca do oceano. Primeiras tartarugas marinhas nascidas na praia do Atalaia, em 2024, no Pará.
Reprodução / Agência Pará
A praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste do Pará, teve os primeiros nascimentos de tartarugas marinhas em 2024.
Foram 52 filhotes da espécie tartaruga-oliva, que saíram da areia e seguiram rumo ao oceano. O momento marca a conservação da espécie, ameaçada de extinção.
O nascimento é resultado do trabalho dos pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Desovas de Tartarugas Marinhas (PMDTM).
Após as tartarugas adultas depositarem ovos na faixa de areia, o material é transferido para área segura nas proximidades da Unidade de Conservação (UC) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) – Monumento Natural do Atalaia.
O procedimento busca aumentar as chances de sobrevivência dos filhotes, protegendo de predadores e da ação humana.
500 filhotes em 2023
O local registrou taxa de natalidade de aproximadamente 90%, o que resultou no nascimento de cerca de 500 tartarugas em 2023.
Os números tornam a Praia do Atalaia como um importante balneário de conservação marinha paraense.
Para este ano, com o nascimento dos primeiros 52 filhotes, as expectativas são bastante otimistas, de acordo com o Ideflor-Bio.
O PMDTM, executado pela Mineral Engenharia e Meio Ambiente, é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O projeto abrange áreas de desova ao longo do litoral paraense, onde tartarugas marinhas depositam ovos.
Ações
Desde 2023, o Ideflor-Bio, em parceria com órgãos de segurança pública, bloqueia 3 km da faixa de areia da Praia do Atalaia para proteger cinco espécies de tartarugas marinhas que utilizam o local para desova e eclosão dos ovos.
Entre as espécies estão tartaruga oliva, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-verde, tartaruga-de-pente e tartaruga-de-couro.
O Ideflor-Bio destaca que o Monumento Natural do Atalaia, criado em 2018, é uma unidade de conservação de proteção integral, que preserva ecossistemas vitais como manguezais, restingas e dunas.
O local é uma das últimas áreas preservadas na região, abrigando diversas espécies de animais, incluindo mamíferos e rica avifauna, com especial atenção aos períodos de reprodução das tartarugas marinhas.
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