Morre Affonso Romano, poeta que popularizou a leitura no Brasil

O artista foi pioneiro na popularização da literatura no BrasilRenato Araújo/ABr

Morreu nesta segunda-feira (4), aos 87 anos, o poeta e escritor Affonso Romano de Sant’Anna, um dos grandes responsáveis ​​pela popularização da leitura no Brasil. Ao longo de sua trajetória, publicou 60 livros, foi colunista de jornais como Jornal do Brasil e O Globo e presidiu a Fundação Biblioteca Nacional, onde impulsionou projetos de incentivo à leitura.

Natural de Belo Horizonte, Affonso faleceu em casa, em decorrência de Alzheimer. Ele ficou viúvo em janeiro deste ano da escritora Marina Colasanti.

O velório acontecerá quarta-feira (5), nesta das 11h às 14h, na Capela do Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro. Após a cerimônia, será realizada uma despedida reservada para familiares e amigos, seguida da cremação do corpo.

Com uma carreira marcada pela inovação, Affonso participou de movimentos de vanguarda poética nas décadas de 1950 e 1960. Formado em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também lecionou na Universidade da Califórnia (UCLA) e integrou o Programa Internacional de Escritores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.

No Brasil, foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde ajudou a estruturar um curso de pós-graduação em literatura brasileira. Entre 1973 e 1976, anteriormente o Departamento de Letras e Artes da instituição, promoveu a Expoesia , um ciclo de encontros que reuniu importantes nomes da literatura nacional.

Como presidente da Fundação Biblioteca Nacional (1990-1996), Affonso Romano de Sant’Anna desempenhou um papel essencial na democratização do acesso aos livros, criando o Sistema Nacional de Bibliotecas e ampliando-o.

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