Na noite de sexta-feira (28) o Sambódromo do Anhembi foi palco dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo. As agremiações apresentaram enredos diversificados, encantando o público com criatividade e emoção.
23h: Colorado do Brás
A Colorado do Brás abriu a primeira noite dos desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo de 2025 com o enredo “Afoxé Filhos de Gandhy, no ritmo da fé”. A escola homenageou o tradicional afoxé baiano Filhos de Gandhy, fundado em 1949 por estivadores de Salvador, que completou 75 anos de história.
O enredo, desenvolvido pelo carnavalesco Anselmo Brito, destacou a trajetória e a importância cultural do afoxé, conhecido por promover mensagens de paz e por seus integrantes desfilarem vestidos de branco e azul, cores que homenageiam os orixás Oxalá e Ogum.
00h05: Barroca Zona Sul
Em seguida, a Barroca Zona Sul trouxe o enredo “Os nove oruns de Iansã”, homenageando a orixá conhecida como senhora dos ventos e tempestades.
A escola apresentou fantasias e alegorias que destacaram as diversas facetas de Iansã, enfatizando sua força, coragem e ligação com os fenômenos naturais. O samba-enredo, exaltou as lendas e histórias da orixá, ressaltando sua importância na cultura afro-brasileira.
01h10: Dragões da Real
A Dragões da Real apresentou o enredo “A vida é um sonho pintado em aquarela!”, inspirado na música “Aquarela” de Toquinho e uma homenagem ao pequeno Jorge Marcos Freitas Neto, neto do carnavalesco Jorge Freitas, que faleceu aos oito anos. Conhecido como “astronauta Jorginho”, ele foi lembrado com carinho pela agremiação, trazendo uma mensagem de esperança e superação.
O desfile contou com fantasias e alegorias que retrataram diferentes fases da vida, desde a infância até a maturidade, utilizando cores vibrantes e elementos que remetiam à canção de Toquinho e ao homenageado.
A madrinha da escola, Simone Sampaio, celebrou seus 30 anos de Carnaval, abrilhantando ainda mais a apresentação.
02h15: Mancha Verde
A Mancha Verde, tradicional escola de samba de São Paulo, apresentou no Carnaval de 2025 o enredo “Bahia, da Fé ao Profano”, inspirado na série-documentário homônima idealizada pelo produtor baiano Gastão Netto.
A proposta foi explorar a fusão entre as manifestações religiosas afro-brasileiras e as expressões culturais profanas típicas da Bahia, destacando a riqueza e diversidade do estado nordestino.
3h20: Acadêmicos do Tatuapé
Com o enredo Justiça – A Injustiça Num Lugar Qualquer É Uma Ameaça À Justiça Em Todo Lugar, a comissão de frente da Acadêmicos do Tatuapé abordou a chegada do Deus Caos, conhecido como o primeiro Deus da mitologia grega.
A figura é considerada uma representação da destruição e do sofrimento da Terra. Os dançarinos fizeram alusão aos filhos de Caos, que foram enviados para causar destruições e desordem mundo afora.
4h25: Rosas de Ouro
“Rosas de Ouro em uma Grande Jogada” foi o enredo escolhido pela escola. Na apresentação, 14 jogadores representavam cada uma das agremiações em uma espécie de cassino com a presença de um caça-níquel. O resultado foi a vitória da Rosas de Ouro, que trouxe uma abordagem da história dos jogos, desde os de tabuleiro aos eletrônicos.
05h30 – Camisa Verde e Branco
Para homenagear um dos principais cantores da música brasileira, a escola trouxe ao Sambódromo do Anhembi o enredo “O tempo não para! Cazuza – o poeta vive!”. Durante a apresentação, o abre-alas da escola possuía figuras que representavam o artista brasileiro.
Além disso, Lucinha, mãe do astro, participou da performance no último carro da Camisa Verde e Branco. Na ala das Baianas, a agreamiação abordou a luta contra o preconceito em relação àqueles que são portadores do HIV.
Os desfiles seguiram a ordem e horários previamente estabelecidos, proporcionando ao público uma noite repleta de cultura, história e emoção.