Você se olha no espelho e percebe um número cada vez maior de fios grisalhos te cumprimentam de volta. E você ainda não tem nem 40 anos.
Os cabelos brancos estão aparecendo cada vez mais cedo entre os millennials e a geração Z, um fenômeno que despertou o interesse da comunidade científica.
Embora tradicionalmente estivessem associados ao envelhecimento, diversos estudos identificaram fatores genéticos, déficits nutricionais e o estresse como elementos determinantes nesse processo.
Cada vez pessoas mais jovens apresentam mais cabelos brancos – Foto: Freepik/ND
Pesquisa indica mais cabelos brancos
Pesquisas recentes, como a publicada no site da Nature Communications, apontaram o gene IRF4 como peça-chave na regulação da produção de melanina, o pigmento responsável pela cor do cabelo.
Essa descoberta se baseia na análise genética de mais de 6 mil pessoas de diferentes regiões da América Latina, permitindo estabelecer uma relação entre predisposição genética e o surgimento precoce de cabelos brancos.
Deficiências nutricionais
Além do fator hereditário, os especialistas em dermatologia identificaram outros elementos que influenciaram o embranquecimento precoce dos fios.
De acordo com a médica Viktoryia Kazlosukaya, em entrevista à Newsweek, as deficiências de ferro, cobre e zinco podem alterar a atividade da tirosina, um aminoácido essencial para a síntese de melanina.
Em alguns casos, a reposição desses minerais conseguiu reverter o processo, o que reforça a teoria de que a alimentação e o equilíbrio nutricional desempenham um papel crucial.
Cuidado com o estresse
O estresse crônico é mais um fator que acelera o aparecimento dos cabelos brancos. A exposição prolongada a situações de ansiedade e pressão contínua afeta a produção de melanina e favorece a perda de pigmentação dos fios em idades mais jovens.
Os afastamentos do trabalho por questões de saúde mental aumentaram 38% em 2023 no Brasil – Foto: Reprodução/Freepik
A combinação de predisposição genética, deficiências nutricionais e estresse parece ser a explicação para o embranquecimento precoce entre as gerações mais jovens.
Embora ainda haja muito a ser investigado, essas descobertas abrem novas linhas de estudo para entender melhor esse fenômeno e seu impacto na saúde capilar.