Gaeco e PF fazem operação de combate à lavagem de dinheiro do PCC por meio de duas fintechs


Força-tarefa é mais um desdobramento da delação de Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no ano passado. Foram decretadas a prisão do dono de uma das fintechs, além de buscas de busca e apreensão na sede das empresas. Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Federal (PF)
Ministério Público de São Paulo
Investigadores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Federal (PF) estão nas ruas da cidade de São Paulo (SP) na manhã desta terça-feira (25) para deflagrar uma operação de combate à lavagem de dinheiro da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de duas fintechs.
A operação é mais um desdobramento da delação de Vinicius Gritzbach, delator do PCC assassinado com tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no final do ano passado.
Os valores investigados chegam próximo aos R$ 30 milhões. As fintechs trabalhavam com cifras bilionárias, segundo operações da própria PF conduzidas no ano passado.
A pedido da força-tarefa, a justiça decretou a prisão do dono de uma das fintechs. Também estão sendo cumpridas ordens de busca e apreensão nas sedes das duas empresas investigadas, além de endereços de 6 pessoas ligadas à gestão e funcionamento dessas fintechs.
Apurações de promotores e analistas do Gaeco em conjunto com policiais federais indicam que duas fintechs foram usadas para ocultar a procedência ilícita de vantagens econômicas com tráfico de drogas, organização criminosa e outras atividades ilegais.
Foi descoberto “um complexo esquema ilícito, engendrado por intermédio do emprego indevido de empresas de tecnologia financeira”.
Segundo o Gaeco e a PF, empresas que oferecem serviços financeiros de forma alternativa às instituições bancárias tradicionais estavam movimentando valores ilícitos, através de sofisticados métodos de engenharia financeira para dissimular sua procedência e beneficiários reais.
Gritzbach indicou expressamente duas das fintechs que eram empregadas para tais propósitos ilícitos. A investigação aponta que elas movimentaram recursos da organização criminosa PCC, dissimulando sua origem ilícita por meio da compra de imóveis.
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As duas empresas são suspeitas de receber valores em espécie e depois movimentá-los e alocá-los, dando falsa aparência de licitude para beneficiar o PCC.
Os investigadores afirmam que as referidas fintechs direcionavam os depósitos que recebiam para contas de “laranjas”, mantendo pleno controle de tais contas.
Além do mandado de prisão e dos de busca e apreensão, ainda foram determinados o sequestro e o bloqueio de bens dos envolvidos. Assim como a imediata suspensão das atividades das fintechs alvos da operação desta terça.
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