Guerra na Ucrânia: Trump afirma que foco das negociações com a Rússia é um cessar-fogo o mais rápido possível


Nesta segunda-feira (24), o presidente dos Estados Unidos recebeu Emmanuel Macron, da França, para discutir o fim da guerra na Ucrânia. O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (24) que o foco das negociações com a Rússia é chegar a um cessar-fogo o mais rápido possível Na Ucrânia. Ele recebeu Emmanuel Macron, da França, para discutir o fim da guerra.
O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou à Casa Branca de manhã. Primeiro, participou com Donald Trump do encontro virtual dos líderes do G7 – grupo das sete democracias mais desenvolvidas do mundo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também participou da reunião sobre os três anos da guerra na Ucrânia e declarou que o país e o resto da Europa devem ser incluídos nas negociações de paz com a Rússia. Na saída, Macron disse que a conversa foi perfeita e produtiva.
À tarde, o presidente francês voltou à Casa Branca para uma reunião bilateral com Trump. Emmanuel Macron foi o primeiro líder europeu recebido por Donald Trump na Casa Branca. Ele se apressou para Washington depois que o presidente dos Estados Unidos mudou o posicionamento e se alinhou à Rússia – que invadiu a Ucrânia há três anos.
Emmanuel Macron e Donald Trump
Jornal Nacional/ Reprodução
A visita foi organizada em apenas três dias, depois de Trump ter afirmado na semana passada que a Ucrânia começou a guerra e de ter chamado Zelensky de ditador. Antes da reunião, Trump e Macron deram declarações à imprensa. Macron disse que Estados Unidos e França sempre estarão do mesmo lado – que é o lado certo. Ele falou que a Europa está disposta a investir mais na defesa e na segurança do continente. Trump afirmou que a guerra na Ucrânia pode acabar em semanas e que militares europeus podem ser enviados à Ucrânia para monitorar a implementação de um acordo de paz. A Rússia tinha dito que isso seria inaceitável.
Mas nesta segunda-feira (24), Trump disse que conversou sobre a questão com o presidente russo, Vladimir Putin, e que ele vai aceitar a presença de soldados europeus. Trump afirmou ainda que Zelensky pode visitar a Casa Branca nesta ou na próxima semana para assinar o acordo de exploração de minérios ucranianos em troca da ajuda americana.
Emmanuel Macron e Donald Trump
Jornal Nacional/ Reprodução
Ainda no Salão Oval, Trump disse que a Europa estava pegando de volta o dinheiro que liberou para a Ucrânia sob a forma de empréstimos. Macron corrigiu Trump e explicou que a maior parte da assistência foi doada e que uma parte do montante será financiada com bens russos congelados.
Depois do encontro, os dois presidentes responderam a perguntas dos jornalistas. Macron afirmou que a paz não pode significar uma rendição da Ucrânia e que o país precisa ter a soberania respeitada. Também insistiu que um acordo com os russos deve ter garantias de segurança. O presidente francês disse que há boas razões para retomar conversas com Vladimir Putin. Trump lembrou que um dos primeiros telefonemas que teve foi com Putin:
“Estamos trabalhando em acordos agora. O principal é parar a guerra, seja por meio de um cessar-fogo ou de um acordo definitivo”.
Ele explicou que um cessar-fogo poderia ser negociado mais rapidamente. Na saída, ele se recusou a responder por que está se alinhando à Rússia e se não considera Moscou o agressor nesta guerra.
Emmanuel Macron e Donald Trump
Jornal Nacional/ Reprodução
Nesta segunda-feira (24), Vladimir Putin declarou que está aberto à participação dos europeus nas negociações. Ele afirmou que Estados Unidos e Rússia ainda não discutiram a guerra de forma substancial e que os dois países apenas concordaram em seguir adiante nas conversas.
Os Estados Unidos votaram contra uma resolução da Assembleia Geral da ONU que condenava a invasão da Rússia e pedia a retirada das tropas do território ucraniano. Uma mudança de posição em relação a que era assumida pelo governo de Joe Biden. Entre os 17 países que acompanharam o voto contrário americano, estão a Nicarágua e a Coreia do Norte. Noventa e três votaram a favor – e conseguiram aprovar a resolução.
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