A Polícia Civil de São Paulo apreendeu na quarta-feira (7) um avião do PCC (Primeiro Comando da Capital), no Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. Segundo o Cidade Alerta, da Record TV, a aeronave seria usada pela facção criminosa para o transporte de drogas.
O avião do PCC é avaliado em R$ 5 milhões e seria usado no tráfico de drogas – Foto: Reproedução/PCSC
O avião do PCC (Primeiro Comando da Capital) com capacidade para 18 passageiros foi localizado durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. De acordo com a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, a aeronave é avaliada em R$ 5 milhões e pertence a uma empresa investigada pela Polícia Federal.
Dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) apontam que o Embraer EMB-110P1, de prefixo PT-OCW, é operado pela Bimava Táxi Aéreo. A empresa está em nome da Pablito Baena Castilho Aviation, de propriedade de um piloto alvo da Operação Terra Fértil.
Conheça o piloto dono do avião do PCC
Em 2 de julho, a Operação Terra Fértil cumpriu mandados de busca e apreensão contra Pablito Baena Castilho. O piloto, ligado à facção criminosa, é suspeito de ser encarregado do transporte de drogas para a Europa e para cartéis mexicanos.
A operação prendeu ainda Ronald Roland em uma casa de luxo no Guarujá, em São Paulo, por suspeita de lavar de dinheiro do narcotráfico. Ronald, que também é piloto e dono de aviões, era procurado pela Interpol e foi localizado porque sua esposa compartilhou o paradeiro do casal nas redes sociais.
Dono na empresa de transporte aéreo, Pablito é investigado como suposto sócio do narcotraficante Ronald Roland – Foto: Reprodução
De acordo com o Uol, a empresa de Pablito Baena Castilho fez um depósito de R$ 35 mil para a loja de biquínis da esposa de Ronald Roland em 2022. Pablito é suspeito de ser sócio de Roland e integrar o sistema de tráfico internacional.
As investigações da Polícia Federal também indicam o emprego de laranjas e empresas de fachada para a compra de imóveis e carros de luxo. O avião do PCC apreendido em São Paulo pertenceu a um pedreiro de baixa renda, apontado como um dos laranjas do esquema.
O certificado de táxi aéreo da aeronave apreendida estava suspenso devido a “pendências judiciais”. A Polícia Civil de São Paulo busca outros dois aviões de Pablito Baena Castilho que seriam usados a serviço do PCC.