Quem é Cigarreiro, suposto mandante da morte de delator do PCC? Megaoperação tenta prendê-lo

A Polícia de São Paulo realizou uma megaoperação na manhã desta quinta-feira (13), para prender o mandante da morte do delator do PCC, o empresário Vinícius Gritzbach. Emílio de Carlos Gongorra Castilho, conhecido como o Cigarreiro, teria pago policiais militares para executarem o homem.

Emílio de Carlos Gongorra Castilho é conhecido como o Cigarreiro – Foto: R7/Reprodução/ND

Vinicius Gritzbach foi assassinado a tiros no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro. Conhecido como delator do PCC, apontou corrupção de policiais civis em delação ao Ministério Público do Estado de São Paulo.

Além do mandado de prisão, mais de 100 agentes cumprem mais de 20 mandados de busca e apreensão. Todos os endereços estão relacionados a Cigarreiro.

Apesar da magnitude da operação, Cigarreiro não foi encontrado até o momento. A suspeita da polícia é que ele tenha fugido para o Rio de Janeiro e que esteja escondido na Rocinha, dominada pelo Comando Vermelho.

Conforme o R7, o Cigarreiro é apontado como um traficante ligado tanto ao PCC quanto ao Comando Vermelho.

Delator do PCC tinha dívida milionária com o Cigarreiro

A investigação acredita que Kauê Amaral Coelho, suspeito que teria atuado como olheiro no Aeroporto de Guarulhos no momento do assassinato de Vinícius Gritzbach, também esteja no Rio, mas em outro esconderijo: na Vila do Cruzeiro, no complexo da Penha

Conforme as investigações, o criminoso faz parte do núcleo do PCC que tinha relação direta com Anselmo Santa Fausta, outro traficante de alta patente da quadrilha, morto a tiros em dezembro de 2021.

Vinícius Gritzbach foi preso, acusado do assassinato de Santa Fausta. O empresário teria investido em criptomoedas o dinheiro de Santa Fausta e de Cigarreiro.

O negócio teria dado errado, e Gritzbach passou a ser cobrado. A dívida dele ultrapassava R$ 100 milhões. Gritzbach chegou a ser sequestrado e levado ao tribunal do crime.

O delator do PCC Vinicius Gritzbach foi assassinado a tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos na sexta-feira (8) – Foto: Reprodução/Record TV

Segundo a polícia, o mandante do assassinato do empresário participou do “julgamento” de Gritzbach em 2022. Ele conseguiu escapar da morte ao prometer devolver o dinheiro, o que nunca aconteceu.

A força-tarefa da polícia quer agora descobrir quanto Cigarreiro pagou para que policiais militares da ativa executassem o delator do PCC.

Dois policiais militares identificados como atiradores já haviam sido presos: o cabo Denis Martins e o soldado Ruan Silva Rodrigues. O motorista do carro que teria levado os dois até o local, o tenente Fernando Genauro, também está detido no presídio militar Romão Gomes.

Os advogados Renato Soares do Nascimento e Mauro da Costa Ribas Junior, que defendem os três PMs, afirmam que seus clientes são inocentes e que, no processo penal, apresentarão provas documentais e testemunhais.

O R7 tenta contato com o advogado de Emílio de Carlos Gongorra Castilho, o Cigarreiro, que ainda não foi localizado.

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