Prêmio Jovem Cientista: pesquisadores apresentam soluções para a conectividade e inclusão digital no país

Em 30 edições, o prêmio já concedeu bolsas de estudo para quase 200 pesquisadores e estudantes, além de reconhecer o trabalho inovador de 21 instituições de ensino. Prêmio Jovem Cientista celebra projetos de inclusão digital
Foram anunciados nesta quarta-feira (12) os vencedores do Prêmio Jovem Cientista. Em 2025, os pesquisadores apresentaram soluções para a conectividade e para inclusão digital.
Foram mais de 800 trabalhos analisados nesta edição, que premiou dez pesquisadores e duas instituições por criarem ferramentas capazes de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.
Aos 19 anos, o mineiro Bernardo ganhou o Prêmio Jovem Cientista do Ensino Médio. Usando a chamada “internet das coisas”, ele desenvolveu uma tecnologia para produzir alternativas sustentáveis ao uso de agrotóxicos.
“Para mim está sendo assim algo extraordinário, coisa de filme. Porque eu me inscrevi, tinha uma certa esperança, mas não a ponto de chegar em primeiro lugar”, conta Bernardo de Souza Cordeiro.
A Arienny Carina Ramos Souza é graduanda em Ciências Biológicas, no Instituto Federal do Pará. Criou um projeto online que debate o assédio sexual contra estudantes nas redes sociais e venceu o prêmio na categoria Ensino Superior.
“Nós criamos uma cartilha instrucional justamente com o objetivo de orientar essas alunas, principalmente da educação básica, a identificarem casos de assédio online e, sobretudo, denunciá-los”, diz Carina Ramos Souza.
O mineiro Wenderson Rodrigues Fialho da Silva desenvolveu sensores e equipamentos de baixo custo, voltados para saúde pública, segurança alimentar e monitoramento climático. Entre os projetos, um sensor para o rápido diagnóstico da Covid-19. O estudo foi o vencedor na categoria Mestre e Doutor.
“Esse reconhecimento aqui não é só uma validação da qualidade da pesquisa multidisciplinar que eu venho fazendo na Universidade Federal de Viçosa, mas também um reconhecimento do poder transformador que a educação tem na vida das pessoas”, afirma Wenderson Rodrigues Fialho da Silva.
Em 30 edições, o Prêmio Jovem Cientista já concedeu bolsas de estudo para quase 200 pesquisadores e estudantes, além de reconhecer o trabalho inovador de 21 instituições de ensino. Os ganhadores desta edição vão receber bolsas e uma premiação em dinheiro que vai de R$ 12 mil a R$ 40 mil.
O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do CNPq e Fundação Roberto Marinho, com patrocínio master da Shell e apoio da Editora Globo e Canal Futura.
“É um prêmio que a gente entende que é extremamente importante para a ciência, para a tecnologia, para a educação, e também pelo impacto social que ele tem. Geração de conteúdo, geração de informações que podem realmente transformar a sociedade”, diz Flávio Rodrigues, vice-presidente da Shell.
“Poder valorizar o interesse de jovens do ensino médio, de jovens da graduação, de estudantes que estão na pós-graduação no Brasil para que eles se dediquem ainda mais a esse espírito de interesse, de curiosidade, de descobrimento, invenção. É uma coisa muito relevante, que a gente acredita, para toda sociedade, e importantíssimo”, afirma João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.
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