Veja o que se sabe sobre o idoso mantido morto em apartamento junto a esposa com Alzheimer


Polícia Civil investiga se o idoso, de 79 anos, morreu em decorrência de maus-tratos ou problemas de saúde. A esposa dele, de 77, diagnosticada com Alzheimer, e o filho, de 47, conviviam com o cadáver em Santos (SP). Situação da casa onde a mulher com Alzheimer e o filho conviviam com corpo do idoso em Santos (SP)
Reprodução
O caso de um idoso de 79 anos encontrado morto dentro do próprio apartamento em Santos, no litoral de São Paulo, ganhou repercussão nacional. A esposa dele, de 77, diagnosticada com Alzheimer, e o filho, de 47, conviviam com o corpo em decomposição. O g1 reuniu o que se sabe até o momento.
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De acordo com o boletim de ocorrência (BO), a Polícia Civil aguarda o laudo do exame necroscópico para descobrir a causa da morte do idoso. A corporação investiga se ele morreu em decorrência de maus-tratos ou problemas de saúde.
Veja o que se sabe sobre o caso a partir dos seguintes pontos:
Denúncias de vizinhos
Como o corpo foi encontrado?
Qual era o estado do cadáver?
Filho levado à delegacia
Para onde a esposa foi levada?
Investigações continuam
1. Denúncias de vizinhos
Conforme apurado pelo g1, os vizinhos do apartamento da família, localizado no bairro Embaré, estavam há meses fazendo denúncias para as autoridades sobre o descuido e comportamento agressivo do filho do casal.
A equipe de reportagem apurou também que os vizinhos estavam preocupados com a saúde dos idosos e com o lixo acumulado dentro do imóvel.
Nas imagens, é possível ver as condições em que a idosa e o filho conviviam com o corpo do homem (veja acima).
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2. Como o corpo foi encontrado?
Policiais civis da Delegacia de Proteção ao Idoso da cidade foram até a residência da família para cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância e da Juventude e do Idoso do município.
Segundo o BO, os agentes interfonaram no imóvel, mas não foram atendidos e precisaram acionar um chaveiro para entrar na residência, na última quinta-feira (6). No local, os policiais se depararam com a mãe, o filho e o corpo do idoso.
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3. Qual era o estado do cadáver?
Conforme relatado no registro policial, o corpo do idoso exalava um forte odor e estava em estado de putrefação. Não há confirmação de quando o homem morreu e há quanto tempo a esposa e o filho conviviam com o cadáver.
A putrefação é o tipo natural de decomposição do corpo, sendo um processo de quatro fases: coloração (até uma semana após a morte), gasosa (de uma semana a 30 dias), coliquativa (de um mês a três anos) e a esqueletização, a última etapa.
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4. Filho levado à delegacia
De acordo com o BO, o filho do casal foi levado à delegacia, ouvido e liberado. O homem não foi preso em flagrante porque não há provas de que o idoso tenha sofrido maus-tratos. A polícia levou em consideração que ele era diabético e passou dias internado em um hospital da cidade.
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5. Para onde a esposa foi levada?
A idosa, diagnosticada com Alzheimer, foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade e, em seguida, encaminhada para um abrigo com a assistente social.
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6. Investigações continuam
Conforme relatado no documento, a corporação aguarda o resultado do exame necroscópico do idoso para esclarecer as circunstâncias do óbito. O objetivo é descobrir se o homem morreu em decorrência de maus-tratos ou problemas de saúde.
O casal ainda tem uma outra filha, que mora na capital paulista mas não atendeu às tentativas de contato dos policiais.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como morte suspeita, encontro de cadáver e exposição ao perigo da integridade e saúde. As investigações continuam.
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Baixada Santista possui delegacias especializadas em crimes contra idosos
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