Justiça do Maranhão determina que município de Ribamar regularize serviços de saúde no Hospital e Maternidade


Na denúncia, o MP-MA relatou à Justiça diversas irregularidades sanitárias constatadas em auditoria realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS e em inspeções da Vigilância Sanitária. Fachada do Hospital e Maternidade de Ribamar.
Divulgação/Google Maps
A Justiça do Maranhão, por meio da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, determinou que o município de São José de Ribamar, localizado na Grande Ilha, compre equipamentos e materiais indicados pelo Ministério da Saúde, além de adaptar os abrigos de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), de acordo com as recomendações da Vigilância Sanitária, no Hospital e Maternidade de Ribamar.
A decisão foi tomada pelo juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, no julgamento da Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) contra o município de São José de Ribamar, para regularizar os serviços de saúde no Hospital e Maternidade de São José de Ribamar.
Conforme a decisão, o município tem 90 dias para apresentar o cronograma de cumprimento dessas providências à Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Irregularidades sanitárias
Na denúncia, o MP-MA relatou à Justiça diversas irregularidades sanitárias constatadas em auditoria realizada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) e em inspeções da Vigilância Sanitária.
A fiscalização dos dois órgãos constatou deficiências no funcionamento do Hospital e Maternidade de Ribamar, quanto à assistência médica hospitalar, ausência de alvará sanitário, falta de médico constituído pelo Conselho Regional de Medicina, e quanto à estrutura física e equipamentos/recursos tecnológicos, dentre outras irregularidades.
Apesar de o município ter juntado documentação para comprovar a melhoria no Hospital e Maternidade de São José de Ribamar, ainda há pendências de falta de equipamentos e materiais necessários, como lavadora ultrassônica, pistola sob pressão para limpeza manual dos artigos, dentre outras, e às adaptações nos abrigos de Resíduos de Serviços de Saúde – RSS.
Direito à saúde
O juiz Douglas de Melo Martins decidiu a questão com base no texto da Constituição Federal, que garante o direito à saúde como direito de todos e dever do Estado, exigindo do Poder Público que adote políticas sociais e econômicas para reduzir o risco de doença e ao acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.
Conforme o texto da sentença judicial, é competência comum dos entes federativos zelarem pela boa prestação dos serviços de saúde, o que se dá por meio de um sistema único que age de forma regionalizada e hierarquizada.
“Não se admite que a prestação desse serviço se dê de forma deficitária e apta a ensejar riscos à higidez física dos usuários dos estabelecimentos assistenciais de saúde. A prestação deficiente desse serviço equivale à própria negação do direito que o fundamenta, sobretudo quando há descumprimento de normas sanitárias”, declarou o juiz.
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