Conscientização e lazer: conheça rios que integram unidades de conservação ambiental e que podem ser visitados na Bahia


g1 listou dicas de roteiros em diferentes regiões do estado, como oeste, sul e sudoeste. Por do sol no rio São Francisco, em Juazeiro, Bahia
Thiago Santos/TV São Francisco
Diversos rios que cortam a Bahia fazem parte de Unidades de Conservação Ambiental. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), esses locais são áreas de rica biodiversidade e por isso são protegidos por lei – mas podem e devem ser visitados.
Muitos desses rios já são conhecidos pelos brasileiros, como o Velho Chico, no norte do estado, e a Cachoeira do Acaba Vida, no oeste. Os locais possuem estrutura turística e opções de passeios para toda a família.
Além dos passeios, é possível apreciar mirantes e até praticar esportes como canoagem e stand up paddle nesses locais.
O g1 listou rios que cortam a Bahia e que fazem parte de Unidades de Conservação Ambiental. Esses rios estão dentro de Áreas de Proteção Ambiental (APA), que são classificadas como locais extensos, ocupados por seres humanos e com atributos bióticos, estéticos e culturais.
Rio de Contas
Rafting no Rio de Contas, em Itacaré
Divulgação/Ativa Rafting
O Rio de Contas faz parte da APA Costa de Itacaré/ Serra Grande. A área fica no norte da Costa do Cacau e tem uma faixa litorânea de 28 km de extensão, abrangendo as cidades de Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, mais conhecida pelas ondas altas nas praias.
A área é de grande importância ecológica, com vegetação remanescente de mata atlântica. No local, também é possível encontrar manguezais e bolsões de desova de tartarugas marinhas nas praias.
Para quem gosta de esportes como rafting e canoagem, o Rio de Contas é uma ótima opção. Foi lá que o atleta olímpico Isaquias Queiroz deu as primeiras remadas.
Em Itacaré, é possível agendar passeios pelo rio com barqueiros que ficam na orla da cidade. A partir do rio, é possível acessar cachoeiras e também passar por manguezais.
Quem prefere apenas apreciar a paisagem, dica é passar pela ponte que liga Itacaré a Maraú, a cerca de 9 km da sede de Itacaré, no horário do pôr-do-sol. De lá, é possível ter uma linda vista do sol se pondo no rio.
Cachoeiras do Acaba Vida e do Redondo
Cachoeira do Redondo, em Barreiras
Prefeitura de Barreiras
Alimentadas pelo Rio de Janeiro, as duas cachoeiras fazem parte da APA Bacia do Rio de Janeiro, que na Bahia engloba as cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, localizadas no oeste baiano. As atrações naturais costumam receber diversos visitantes ao longo do ano e é uma ótima opção para famílias com crianças.
Na APA da Bacia do Rio de Janeiro o ecossistema do cerrado predomina e pode ser percebido através dos rios de águas cristalinas e da vegetação típica, que oscila entre áreas abertas com gramíneas e herbáceas, campos com árvores tortuosas, além de cerradões.
A Cachoeira do Acaba Vida fica em Barreiras, a 90 km da sede pela BR-020. Com 36 metros de queda livre, água costuma formar um arco-íris sobre o leito de pedras.
A 25 km, há também a Cachoeira do Redondo, que forma uma espécie de piscina natural.
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Rio São Francisco
Rio São Francisco, em Juazeiro
Thiago Santos/TV São Francisco
O poeta Jorge de Altinho escreveu que “na margem do São Francisco nasceu a beleza”, e é impossível não concordar os versos da canção que enche de orgulho o povo nordestino.
Conhecido por muitos como “Velho Chico”, o Rio São Francisco tem a terceira maior bacia hidrográfica do Brasil. Ele passa por seis estados brasileiros: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Goiás, além do Distrito Federal.
Na Bahia, o rio passa por diversas cidades, como Juazeiro, na região norte, onde faz divisa com o estado de Pernambuco, e Paulo Afonso, na mesma região. Na cidade, o Velho Chico abastece um dos maiores complexos hidrelétricos do país, composto pelas usinas de Paulo Afonso I, II, III e IV e Apolônio Sales (Moxotó), sendo uma das maiores capacidades instaladas dentre as usinas do Brasil. A energia é gerada a partir da força das águas da Cachoeira de Paulo Afonso, um desnível natural de 80 metros do rio.
Complexo Hidrelétrico da Chesf em Paulo Afonso
Divulgação/Chesf
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pelo complexo, recebe visitantes de quinta a domingo e também em feriados, das 8h às 16h. As instalações detêm pontos de referência para o turismo na cidade que é conhecida como “a Terra da Energia”. As visitas são realizadas em grupo, nos turnos da manhã e da tarde, com duração média de uma hora.
No percurso, os visitantes podem conhecer o complexo e as cachoeiras do Dreno de Areia; o Mirante do Bondinho e a Ilha do Urubu. A contemplação do força da água acontece de terça a domingo, pela manhã, das 8h às 11h, e à tarde, das 13h às 16h.
Para os empregados da Eletrobras Chesf a entrada é gratuita. Os os demais visitantes devem procurar a Secretaria de Turismo do Município para realizar marcação. O deslocamento aos pontos de visitação só pode ser feito por meio de carros de passeio, ônibus, micro-ônibus e vans, mediante agendamento.
A ação é realizada em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e conta com a presença de aproximadamente 2.500 pessoas nos fins de semana.
Cachoeiras embelezam complexo da Chesf em Paulo Afonso
Divulgação/Chesf
Além da importância econômica, cultural e da geração de energia, na cidade o rio também é opção de lazer para moradores e turistas.
Um dos grandes atrativos são as formações rochosas do cânion do Velho Chico, considerado o maior cânion navegável do mundo. Lá, é possível agendar passeios de barco.
Parte do Rio São Francisco é englobada na APA Dunas e Veredas, localizada na margem esquerda do rio. As cidades de Barra, Pilão Arcado e Xique-Xique fazem parte desta APA.
Rio Preto
Na Bahia, a Área de Proteção Ambiental Serra do Ouro, com mais de 50 mil hectares, tem trilhas e cachoeiras
Nello de Aguiar Ferrari/VC no G1
A cachoeira do Rio Preto faz parte da APA Serra do Ouro, em Iguaí, no sudoeste do estado. Ela abrange mais de 100 cachoeiras e cascatas, além de inúmeros rios, riachos e serras, como a do Ouro, Macário e dos Índios.
A cachoeira alimentada pelo Rio Preto é cercada de vegetação e é possível chegar de carro, através de uma estrada de terra.
Os visitantes costumam levar lanches para fazer piqueniques, pois o local não conta com estrutura de de restaurantes.
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