Casario colonial português é cenário clássico em várias cidades brasileiras

A Rua Conde de Bobadela, no centro histórico de Ouro Preto, Minas Gerais, surgiu na lista das seis ruas mais belas do mundo. E um dos destaques é o casario em estilo colonial português.
As construções dessa rua, assim como em boa parte da cidade, refletem a arquitetura típica do período do Brasil colonial, dos séculos XVIII e XIX.
As casas têm fachadas estreitas e alongadas, com uma organização simétrica e austera. Geralmente, as fachadas são pintadas de branco, com detalhes coloridos em portas, janelas e sacadas
Muitas das janelas são guarnecidas com madeira trabalhada, e algumas possuem treliças ou grades de ferro. Características da arquitetura colonial que ainda vigoram.
As sacadas e varandas costumam ter balaustradas de ferro fundido, o que é outra característica marcante do período colonial
As casas coloniais costumam ficar em ruas de calçamento sobre pedras. Isso reforça a atmosfera urbana que remonta a séculos passados.
No Brasil, diversas cidades preservam casas no estilo colonial português, herança do período colonial, quando o país pertencia a Portugal. O estilo arquitetônico predominava nas áreas mais desenvolvidas da época, como cidades mineradoras, portuárias e capitais regionais
Aqui estão algumas das principais cidades com esse tipo de arquitetura, onde ficam as casas e os motivos de sua preservação:
OURO PRETO (MG) – O centro histórico de Ouro Preto é inteiramente composto por construções em estilo colonial. A Rua Conde de Bobadela e outras ruas centrais preservam casarões e igrejas do século XVIII.
Ouro Preto foi o epicentro do ciclo do ouro no Brasil. Durante o século XVIII, a cidade floresceu devido à mineração, e muitas construções da época foram mantidas até hoje. A cidade é Patrimônio Mundial da UNESCO.
PARATY (RJ) – O centro histórico de Paraty é famoso por suas ruas de paralelepípedos, com casas coloniais de fachadas simples e coloridas.
Paraty foi um importante porto durante o ciclo do ouro, funcionando como ponto de escoamento do ouro extraído em Minas Gerais. A cidade perdeu relevância após a abertura de outros portos, o que ajudou a preservar seu patrimônio colonial
SÃO LUÍS (MA) – No centro histórico da cidade, em ruas como Rua do Giz e Rua Portugal, há muitos casarões coloniais, conhecidos por seus azulejos portugueses.
São Luís foi uma importante cidade durante o período colonial, com forte influência portuguesa. O uso de azulejos para revestir as fachadas ajudava a combater o calor tropical e se tornou uma marca da cidade.
OLINDA (PE)- No Sítio Histórico de Olinda, especialmente em ruas como a Rua do Amparo e na área em torno do Alto da Sé, casas coloniais ainda são preservadas.
Olinda foi um dos principais centros urbanos no período colonial, sendo uma cidade rica devido à produção de açúcar. O sítio histórico é tombado pelo patrimônio nacional e pela UNESCO.
SALVADOR (BA)-O Pelourinho e a Cidade Alta de Salvador são famosos por suas construções coloniais coloridas. Um patrimònio conhecido internacionalmente e que recebe muitos turistas.
Salvador foi a primeira capital do Brasil e, durante séculos, um centro administrativo e econômico da colônia, principalmente pela produção e exportação de açúcar. Seu centro histórico é preservado e protegido.
DIAMANTINA (MG)-No centro histórico, em ruas como a Rua Direita e na área ao redor da Casa de Juscelino, o casario colonial se destaca.
Assim como Ouro Preto, Diamantina prosperou durante o ciclo do ouro e dos diamantes. As construções do período colonial foram preservadas, especialmente por causa do isolamento da cidade após o declínio da mineração.
TIRADENTES (MG) – O centro da cidade, em ruas como a Rua Direita, mantém uma grande quantidade de casarões coloniais.
Tiradentes foi uma cidade importante durante o ciclo do ouro. O declínio da mineração ajudou a manter sua arquitetura intacta, que hoje atrai turistas interessados no patrimônio colonial.
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