Ano de 2025 tem o janeiro mais quente da história


Os dados do Copernicus – o serviço climático da União Europeia – revelam ainda que dos últimos 19 meses, 18 estiveram 1,5°C acima da média pré-industrial. Clima extremo: 2025 tem janeiro mais quente já registrado na história
Cientistas da União Europeia anunciaram que 2025 teve o janeiro mais quente da história. Uma surpresa, depois dos recordes de 2024.
Aí na sua cidade o calor está mais intenso? Não é só impressão. Os cientistas afirmam que a temperatura do planeta está em uma crescente. O gráfico mostra a média global de todos os meses de janeiro desde a década de 1940. As temperaturas subiram muito – principalmente a partir de 2000 -, e agora batemos mais um recorde. Janeiro de 2025 foi o janeiro mais quente já registrado. Chegamos à marca de 1,75°C acima da média do período pré-industrial.
O gráfico mostra a média global de temperatura de todos os meses de janeiro desde a década de 1940
Jornal Nacional/ Reprodução
Esse período é usado como referência porque marca o aumento significativo da queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo. Além disso, é a data mais antiga com medições da temperatura da Terra em alta qualidade.
Os dados do Copernicus – que é o serviço climático da União Europeia – revelam ainda que dos últimos 19 meses, 18 estiveram 1,5°C acima da média pré-industrial. Essa marca de 1,5ºC é importante, é o teto de segurança do Acordo de Paris, firmado entre os países para evitar as piores consequências do aquecimento global.
Mais de 6 milhões de brasileiros viveram mais de 5 meses de calor extremo em 2024
Os cientistas explicam que ainda é cedo para saber se esse cenário vai continuar no longo prazo. A sequência de recordes de calor em 2024 teve entre as causas o fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento natural do Oceano Pacífico. Só que o aumento de temperatura agora em janeiro surpreendeu os cientistas. Isso porque nós estamos sob o efeito do La Niña, que faz o contrário – causa o resfriamento das águas do pacífico. Um fenômeno que pode durar até abril.
Mas o calor dos outros oceanos pode ter compensado o La Niña. É o que avalia umaa cientista do Copernicus:
“Quando olhamos para o Oceano Atlântico, o Pacífico Norte, o Índico e até as águas da Antártida, estamos vendo temperaturas recordes em todos eles”.
Ano de 2025 tem o janeiro mais quente da história
Jornal Nacional/ Reprodução
Gavin Schmidt, pesquisador da Nasa, afirma que o aquecimento do planeta acelerou nos últimos 20 anos; e que para conter o aumento da temperatura, precisamos reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Ele alerta:
“Já estamos vendo os impactos das mudanças climáticas nos incêndios florestais, nas chuvas extremas. Está afetando todos os humanos”, diz Gavin Schmidt.
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