Arqueólogos encontram possível armazém de comida de povos antigos no Alasca por admin | 6 de fevereiro de 2025 - 08:43 |6 de fevereiro de 2025 Sem categoria Um grupo de pesquisadores encontrou uma abertura no solo da região centro-sul do Alasca que possivelmente serviu como armazém de alimentos para o povo Dene, primeiros habitantes indígenas da região, há quase mil anos. O achado aconteceu durante investigações da enseada Cook. Por meio de um recurso de datação por radiocarbono, os arqueólogos concluíram que o armazém tem quase mil anos. “Quando recebemos os resultados que diziam que eram 960 anos, com uma margem de erro de 30 anos, ficamos chocados”, declarou em comunicado Liz Ortiz, arqueóloga e gerente do programa de recursos culturais da Base Conjunta Elmendorf-Richardson (JBER). Com cerca de 106 centímetros de profundidade, o armazém estava coberto com cascas de bétulas. Os estudiosos supõem que os pedaços de plantas foram depositados ali para tentar afugentar roedores. Os arqueólogos planejam voltar à região para uma análise mais criteriosa. A intenção é saber se as carnes armazenadas no espaço eram para consumo ou se apenas indicam quais animais habitavam aquela área. O Alasca foi tema recentemente pela aparição de uma coloração laranja em rios que passam pelo território que pertence aos Estados Unidos. E mais: a comunidade científica norte-americana não sabe ao certo o motivo da mudança de cor dos rios do Alasca. Um caso que teve grande repercussão é do Rio Salmon, no Parque Nacional do Vale de Kobuk, que ganhou esse tom alaranjado sem motivo aparente. Até 2019, a água do Rio Salmon era cristalina. Porém, em 2023, adquiriu uma coloração alaranjada, conforme ressaltou a revista Scientific American. De fato, os rios e riachos de toda a cordilheira de Brooks, no Alasca, estão se tornando predominantemente alaranjados, por longas extensões, sem qualquer explicação. Ainda de acordo com a revista científica, este estranho fenômeno deve afetar também outras regiões do Ártico. O que tem preocupado os cientistas é o potencial impacto ecológico da mudança de cor dos rios, ou seja, de que forma isso pode afetar a flora e a fauna típicas da região. Essa alteração súbita da coloração das águas fluviais da região poderia, inclusive, afetar não apenas os animais selvagens, mas também pessoas que vivem em comunidades ribeirinhas. São cerca de 500 pessoas vivendo na Vila Kivalina e que precisam do Rio Salmon para obter água e fazer atividade de pesca. Segundo a revista, os cientistas que estudam o fenômeno acreditam que as mudanças climáticas sejam responsáveis por essa alteração. Isso porque as mudanças no clima no planeta teriam acelerado o ritmo do aquecimento na região, onde, tradicionalmente, as temperaturas médias variam entre -26º C e 16ºC, dependendo da época do ano. Uma linha de investigação científica aponta que o degelo faria com que o ácido dos minerais soltasse ferro das rochas, deixando sedimentos na água corrente, num tom de ferrugem. Também existe a teoria de que o descongelamento do solo permafrost sob uma zona úmida faz com que bactérias reduzam o ferro oxidado. Assim, o ferro reduzido, que é solúvel em água, seria transportado de forma subterrânea para o riacho, causando o efeito laranja. O Alasca é um dos 50 estados dos Estados Unidos da América e o maior em tamanho, com uma área total de 1.723.336,75 km². Localizado no extremo noroeste do continente americano, o Alasca – mesmo sendo um território dos EUA – fica acima do Canadá. O Alasca é mundialmente conhecido pelo clima polar, com frio durante o ano inteiro e temperaturas mínimas que podem chegar a 50°C negativos. Por ter uma grande extensão, o Alasca tem variações no clima de região para região. Mas, em geral, os invernos são longos e frios, com noites muito longas, enquanto os verões são amenos e curtos, com dias muito longos. Adicionar aos favoritos o Link permanente.