No próximo dia 11 de fevereiro, às 14h, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina sediará uma audiência pública para discutir a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças de seis meses a cinco anos.
O evento, aberto ao público e gratuito, reunirá especialistas da área da saúde e juristas de diferentes partes do mundo, tanto presencialmente quanto de forma remota, para um debate técnico e jurídico sobre o tema.
A vacinação infantil contra a Covid-19 tem sido alvo de discussões em diversos países, especialmente no que se refere à obrigatoriedade e aos possíveis efeitos colaterais.
Enquanto órgãos reguladores internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), recomendam a imunização como uma medida essencial para a proteção das crianças e da população em geral, grupos contrários argumentam que os estudos sobre a segurança e eficácia da vacina ainda precisam de mais tempo para conclusões definitivas.
Santa Catarina tem se destacado no debate sobre a liberdade de escolha em relação à vacinação. Em janeiro de 2023, o governo estadual revogou uma portaria que exigia a imunização contra a Covid-19 como critério para matrícula na rede pública, garantindo aos pais a autonomia sobre a decisão de vacinar ou não seus filhos.
Esse posicionamento reflete uma discussão mais ampla que envolve direitos individuais, políticas de saúde pública e a confiança na ciência.
Entre os palestrantes confirmados para o evento estão médicos e pesquisadores, como a Dra. Raissa Soares, Dra. Akemi Shiba, Dr. João Alberto, Dra. Adriana Marra, Dr. Gerson Faria e o Dr. Chris Flowers, do Reino Unido.
Segundo o deputado federal Zé Trovão (PL) e o deputado estadual Carlos Humberto (PL), responsáveis pela realização da audiência, o objetivo do encontro é apresentar diferentes perspectivas sobre a vacinação infantil, trazendo informações que possam embasar a tomada de decisão dos responsáveis.
A audiência pública promete atrair grande atenção, não apenas pela relevância do tema, mas também pelo impacto que decisões dessa natureza podem ter no futuro das políticas de saúde pública no estado e no país.