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Investigado foi preso em flagrante por violência doméstica contra a esposa, que denunciou o corpo ocultado no quintal do imóvel em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A família de uma mulher desaparecida desde outubro acredita que a ossada seja dela. Homem é preso por violência doméstica e se torna suspeito de homicídio em Uberlândia
Um homem de 41 anos é investigado por homicídio após a ossada de uma mulher ser encontrada concretada no quintal da casa dele no Bairro Jardim Brasília, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A ossada foi encontrada no domingo (2) após suspeito ser preso por agredir a esposa, de 40 anos, e ameaçá-la de morte e de também enterrá-la no quintal.
A família de uma mulher de 28 anos desaparecida desde outubro de 2024 acredita que a ossada seja dela. Veja o relato mais abaixo.
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Ossada descoberta
Segundo a Polícia Militar, a esposa do homem acionou os militares depois de uma discussão do casal, que terminou com agressão a ela. A mulher afirmou que foi ameaçada de morte pelo marido e que suspeitava que ele teria matado e enterrado outra mulher no quintal de casa.
A vítima alegou que ele disse que a mataria e a enterraria no quintal como fez com a outra. Ainda de acordo com a mulher, ela percebeu que uma roseira foi arrancada dos fundos do imóvel e o local concretado em seguida. A residência fica na Rua Universal, no Bairro Jardim Brasília.
Após a denúncia da mulher, os militares foram até o local apontado por ela e depois de escavarem o quintal, encontraram os ossos. A Polícia Civil realizou perícia técnica.
A ossada foi recolhida e passará por exames de identificação e de necropsia. A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais.
Homem confessou o homicídio
De acordo com a PM, o homem confessou o crime. Ele disse que ele e mulher encontrada no quintal brigaram após o consumo de drogas, e que a vítima o ameaçou com uma faca.
Ele revidou e matou a mulher a facadas e, em seguida, a enterrou e concretou a cova. O suspeito foi encontrado em um apartamento e tentou impedir a entrada dos policiais, que entraram no imóvel e o prenderam.
A Polícia Civil informou que ele foi conduzido para a delegacia, ouvido e autuado em flagrante pelos crimes de ameaça, violência doméstica e, ainda, por destruição, subtração ou ocultação de cadáver.
O homem foi encaminhado para o sistema prisional e segue à disposição da Justiça. A companheira dele solicitou medidas protetivas de urgência. A Polícia Civil informou que o pedido foi encaminhado para o Poder Judiciário.
Família de mulher desaparecida acredita que ela seja a vítima
Crislaine Nadine Guardiano, mulher desaparecida em Uberlândia desde outubro de 2024
Arquivo Pessoal
Familiares de Crislaine Nadine Guardiano suspeitam que ela seja a vítima do homicídio. A mulher foi vista pela última vez no dia 7 de outubro de 2024 e o boletim de ocorrência do desaparecimento foi registrado no dia 14 do mesmo mês.
O g1 conversou com a irmã mais velha dela, Cristiane Aparecida Guardiano, de 43 anos. Ela contou que Crislaine e a família são de Passos, no Sul de Minas Gerais, mas que ela morava há um ano em Uberlândia quando desapareceu.
A mulher era dependente química e começou a morar com um casal de amigos, o homem preso suspeito de homicídio e a companheira dele. Conforme a irmã da desaparecida, os três usavam drogas e que o suspeito chegou a bater nela e quebrar o celular dela.
Cristiane contou, ainda, que Crislaine tem um filho de 3 anos e ligava todos os dias para a irmã para conversar com a criança. No último dia que tiveram contato, a mulher falou que ligaria no dia seguinte, como sempre fazia, porém, não fez mais contato com a família.
Os familiares acreditam que ela não só tenha sido morta pelo homem, como a companheira dele tenha participado do crime ou sido cúmplice. Segundo Cristiane, isso explicaria ela saber onde o corpo estava.
O que disse a Polícia Civil
O delegado chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito, disse ao g1 que um inquérito policial foi instaurado e que ainda é muito cedo para fazer afirmações sobre o caso.
“É tudo muito incipiente ainda, porque depende da devida apuração do inquérito policial”, afirmou.
O delegado explicou que, até o momento, ainda não há nenhum elemento que identifique com certeza de quem é a ossada encontrada. Geralmente, quando um corpo é encontrado em um avançado estado de putrefação como esse, a vítima é identificada por conhecidos ou familiares a partir das roupas, sapatos ou acessórios que poderia estar usando.
Segundo Marcos Tadeu, o exame de DNA é usado em último caso, visto que é um processo demorado e que, em Minas Gerais, é feito na capital em Belo Horizonte.
Ele também disse que, sobre as suspeitas da família, ainda não há nenhuma alegação formalizada, mas que todos os envolvidos serão ouvidos durante a investigação, assim como a companheira do homem preso.
“Não temos essa informação e isso ainda não está formalizado. Na hora que a gente colocar no papel, poderemos afirmar com certeza. Até lá, é tudo especulação”, disse Marcos Tadeu.
Quanto à suspeita da família de Crislaine sobre a participação da companheira do homem no crime, o delegado disse que é uma questão que precisa de provas. Segundo ele, não é possível fazer um pré-julgamento ou afirmar algo do tipo e é preciso esperar a conclusão do inquérito.
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