Engenheira é condenada a indenizar balconista humilhada em loja de conveniência em Ribeirão Preto, SP


Ana Paula Junqueira se envolveu em batida no estacionamento do posto de combustíveis, agressões e ofensas. Câmeras de segurança e testemunhas registraram o caso em 2024. Após se envolver em briga e acidente, Ana Paula Junqueira ofendeu funcionários de posto de combustíveis em Ribeirão Preto, SP
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A Justiça condenou a engenheira agrônoma Ana Paula Junqueira, acusada de ofender e agredir uma balconista durante uma confusão em uma loja de conveniência em Ribeirão Preto (SP), ao pagamento de indenização no valor de R$ 5 mil à vítima. Cabe recurso.
O g1 tenta localizar as defesas das duas mulheres para comentar o assunto.
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O caso ganhou repercussão em março de 2024, quando Ana Paula foi filmada por testemunhas e pelas câmeras do estabelecimento. Nas imagens, ela aparecia xingando e ofendendo a balconista após se envolver em uma batida no estacionamento do posto de combustíveis onde fica a loja de conveniência.
Segundo boletim de ocorrência, a engenheira agrônoma bateu em um carro parado, agrediu um casal, ofendeu funcionários da loja e policiais militares e ainda tentou subornar os agentes com um valor de R$ 50 mil a R$ 500 mil para que eles não registrassem o caso na Polícia Civil. Ela chegou a ser presa na época.
📺 Reveja vídeo com reportagem do EPTV1 de março de 2024:
Defesa entra na Justiça com pedido para soltar agrônoma em Ribeirão Preto
Alegações das defesas
A balconista Flávia Messias Galvão moveu uma ação por danos morais contra Ana Paula. A defesa alegou que ela foi agredida ao tentar acabar com a confusão entre a engenheira e a mulher que estava no carro atingido no pátio.
Já a defesa de Ana Paula disse que ela agiu em legítima defesa ao reagir às agressões praticadas por Flávia. Ainda segundo os advogados, após a confusão no lado de fora, a balconista passou a ofendê-la dentro da loja de conveniência.
Nas imagens divulgadas na época, Ana Paula aparecia ofendendo a balconista e depreciando o trabalho dela.
“Você tem alguma coisa? Você não tem nada. Fica aí chorando com inveja dos outros, ridícula. Eu estou toda sangrando por causa de uma tranqueira que fez eu ficar numa situação dessa. Vai trabalhar porque você precisa e muito para não morrer de fome. Eu não preciso disso não, eu tenho fazenda. Tenho fazenda, tenho cascalho. Você tem o quê? Sacode a barriga aí”, disse.
Indenização
Na decisão que condenou a engenheira, a juíza Mayra Callegari Gomes de Almeida, da 5ª Vara Cível, considerou os vídeos que demonstram a confusão no pátio do posto de combustíveis e dentro da loja de conveniência.
A magistrada argumentou que o comportamento de Ana Paula tinha o objetivo de humilhar a balconista e ainda classificou a conduta dela como de “baixo nível”.
“Como se vê, não restaram dúvidas de que, de fato, a ré proferiu ofensas verbais no local de trabalho da autora, de acesso público e na presença de terceiros, inclusive na de outros funcionários do local (…) A conduta de baixo nível empreendida pela ré é condição suficiente a justificar o abalo moral e ensejar a reparação do dano sofrido, tendo em vista o sofrimento psíquico, somado à humilhação e ao vexame aos quais foi submetida a autora.”
Ao determinar o valor de R$ 5 mil de indenização, a juíza citou que a condenação tem caráter didático e ainda leva em conta a capacidade econômica das partes.
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