Delfim Netto em foto de 2015
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Economistas pelo país prestam homenagens a Antônio Delfim Netto, ex-ministro Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado federal, morreu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos.
Ele estava internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Albert Einstein, por conta de complicações em seu quadro de saúde.
O economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Igor Rocha, escreveu em seu X (antigo Twitter) que Delgim combinava os talentos de um “matemático, historiador, estadista e filósofo”.
“John Maynard Keynes escreveu que um bom economista deve combinar os talentos do “matemático, historiador, estadista e filósofo. Delfim foi quem compreendeu isso em absoluto, melhorando ainda com um excelente senso de humor. Sentiremos falta”, disse Rocha.
Quem foi Delfim Netto
Nascido em São Paulo em 1° de maio de 1928, Delfim Nerro foi um economista e professor universitário e dedicou boa parte de seus anos à vida pública.
Formou-se em 1951 como bacharel em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo (USP) e, já no ano seguinte, começou a lecionar como professor assistente na mesma instituição.
Ele continuou estudando e avançando na carreira acadêmica, primeiro com a tese “O Problema do Café no Brasil”, que o fez conquistar o título de Professor Livre-Docente, em 1959, e depois com a tese “Alguns Problemas do Planejamento para o Desenvolvimento Econômico”, em 1963, quando se tornou Professor Catedrático de Teoria do Desenvolvimento Econômico.
Dessa forma, segundo a USP, Delfim Netto foi o primeiro ex-aluno da faculdade e o primeiro economista formado após a regulamentação da profissão no Brasil a ocupar uma posição Catedrática na instituição.
Mas a vida acadêmica foi apenas um pedaço da atuação do economista. Em 1966, apenas 15 anos depois de se formar, ele começou na vida pública ao ser nomeado Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo.