Os números de acidentes, de feridos graves e de mortos em batidas de frente nas rodovias federais aumentaram entre os anos de 2020 e 2023, segundo o balanço mais recente da Polícia Rodoviária Federal.
Foi em um acidente assim que 5 pessoas da mesma família morreram ontem, na BR-040, em Carandaí (MG).
Baixa seguida de duas altas
Entre 2020 e 2021, os três índicadores caíram. Na época, a pandemia estava em momento crítico, e a circulação de veículos foi reduzida. Mas os números voltaram a crescer a partir de 2021, até 2023.
Em relação às batidas frontais, aconteceram 200 a mais no período, com 4.4 mil em 2020, e 4.6 mil em 2023.
Os feridos graves passaram de 2.8 mil para 3 mil. E as mortes subiram de 1.6 mil para 1.8 mil.
Outros tipos de acidentes também tiveram alta
Considerando as outras 15 formas de acidentes, como engavetamento, capotamento e atropelamento de pedestres, todos os números subiram. No total, foram 63 mil em 2020, mais de 17 mil feridos graves e 5.2 mil mortes.
Mais de 4 mil acidentes a mais foram registrados em 2023 (67 mil). Os feridos graves passaram para 18 mil, e as mortes chegaram a 5.6 mil.
O levantamento tem ainda o número de mortes por tipo de veículo.
A quantidade de ocupantes de veículos de passeio que morreram em Minas Gerais, onde aconteceu o acidente de ontem, foi de 303 em 2023, contra 349 em 2020.
A BR-040 está entre as 10 mais perigosas do país. Ela liga o Rio de Janeiro a Brasília, passando por Goiás.
O trecho de Minas Gerais era o sétimo com o maior número de infrações cometidas em 2023. Três anos antes, ocupava a sexta posição.
Minas tem a maior malha rodoviária do país, com 9 mil quilômetros de estradas federais, mais de 22 mil estaduais e 240 mil municipais.