Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira (8) entrou na sede da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em Manguinhos, na zona norte da capital fluminense. Durante o tiroteio, quatro suspeitos foram mortos e uma funcionária ficou ferida.
A funcionária da fundação foi atingida por estilhaços e precisou de atendimento médico após uma bala perdida perfurar o vidro do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, onde são fabricadas vacinas e outros medicamentos.
A “Operação Torniquete” tem por objetivo reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos, que financiam as atividades de facções criminosas. A ação apreendeu armas e drogas na comunidade.
A Polícia Civil ainda prendeu um vigilante do campus, acusado de “auxiliar na fuga de traficantes da comunidade”. Segundo a Fiocruz, no entanto, ele fazia o trabalho de desocupação da área para garantir a segurança dos estudantes e trabalhadores no momento da incursão policial.
Ação da polícia foi ‘arbitrária e sem autorização’, declara Fiocruz
Em nota na manhã desta sexta-feira, a Fiocruz afirmou que os policiais “entraram descaracterizados e sem autorização no campus”.
“Toda a ação da Polícia Civil ocorre de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco. A Polícia permanece, até o início desta tarde, no campus da Fiocruz”, declarou a fundação.
O campus Manguinhos-Maré fica ao lado de duas comunidades na zona norte do Rio de Janeiro. A Rua Leopoldo Bulhões e a orla do Rio Faria-Limbó foram fechadas para a operação.
A fundação também orientou os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus a se manter “em estado de atenção, evitando circulação por áreas abertas”.